
Neste domingo (23), Xuxa Meneghel foi homenageada no Programa Silvio Santos com Patrícia Abravanel, no SBT. Contudo, o que mais repercutiu foi o fato de a eterna Rainha dos Baixinhos ter se posicionado em tom de revolta sobre uma declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dada em 2022, sobre meninas venezuelanas.
Em uma entrevista a um podcast, o então chefe do governo relatou um episódio que vivenciou em Brasília, onde, segundo ele, ao visitar uma comunidade, teve contato com meninas de 14 a 15 anos. Em seu relato, o ex-mandatário fez comentários sobre o comportamento das jovens, sugerindo que elas se arrumavam para “ganhar a vida”.
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto […] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas… Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, disparou Bolsonaro.
Xuxa, ao responder uma pergunta sobre sua possível atuação política, fez críticas indiretas ao ex-presidente, sem citar seu nome, ao comentar que não se sente confortável com declarações que envolvem menores de idade.
“Tem coisas que não me descem muito bem, sabe. Não me cai bem. Todo mundo sabe que não gosto de falar de política. Não sou de nenhum partido, de nenhum lado. Mas, quando vejo alguém falando, tipo, olha para uma criança de 13 anos e diz ‘pintei um clima’, não sei o que… me dá vontade de dar um soco”, admitiu.
Apesar de afirmar que não se alinha a nenhum partido político, Xuxa já expressou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e é frequentemente criticada por bolsonaristas por conta disso. Já Patrícia Abravanel, titular do dominical, é esposa de Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações durante o governo Bolsonaro.
Fonte: DCM
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