terça-feira, 11 de março de 2025

Últimas atualizações do caso Vitória: perícia encontra sangue em carro de suspeito e descarta participação do pai

Vitória Regina desapareceu após sair do shopping onde trabalhava, em Cajamar, na Grande São Paulo

Vitória Regina Sousa (Foto: Reprodução)

A investigação sobre o assassinato brutal da jovem Vitória Regina de Sousa avançou com a descoberta de vestígios de sangue no carro de Maicol Antonio Sales dos Santos, preso como suspeito de envolvimento no crime. Segundo informações do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), repassadas pelo delegado Luiz Carlos do Carmo, a análise do material genético encontrado no veículo está em andamento e os resultados devem ser divulgados em até um mês. As informações são do O Globo.

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, o delegado destacou que a prisão de Maicol representa um grande avanço na investigação. — Nós demos um grande passo com a prisão do Maicol, que é um dos autores que praticou essa barbárie, a degola, as facadas, a tortura — afirmou Carmo.

Os investigadores ainda buscam identificar o local onde Vitória foi mantida em cativeiro. Além disso, testemunhas relataram ter sido ameaçadas para modificar seus depoimentos. A polícia também apura se houve violência sexual contra a vítima, algo que depende de exames da Polícia Técnico-Científica.

◉ Novos suspeitos e contradições

A investigação também apura o envolvimento de outros dois homens: Daniel Lucas Pereira e o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius Moraes. A polícia não confirmou nem descartou a participação de ambos, mas sabe que eles conheciam Maicol. Os três moravam no bairro de Ponunduva, em Cajamar, onde a vítima também residia.

Um dos indícios que levaram a polícia a suspeitar de Daniel Lucas Pereira foi a descoberta de vídeos gravados em seu celular. — Estava gravado no celular do Daniel, três ou quatro vezes, o trajeto do lugar que a vítima desceu (do ônibus) até a residência. Pode ser uma filmagem já preparando o local onde seria o arrebatamento — disse o delegado Carmo.

Apesar de especulações, o delegado descartou a participação do pai da jovem, Carlos Alberto Souza, no crime. Reportagens anteriores chegaram a sugerir essa possibilidade, mas a investigação não encontrou indícios que o envolvam.

◉ A prisão de Maicol

Maicol foi preso no sábado, após inconsistências em seu depoimento e "fortes indícios" de envolvimento no crime. Testemunhas apontaram que ele estava nas proximidades do local do assassinato, além de relatarem uma movimentação suspeita em sua casa na noite do desaparecimento da vítima. Os vizinhos também disseram ter ouvido gritos vindos de sua residência.

Durante o depoimento, Maicol afirmou que passou a noite do crime em casa com sua esposa. No entanto, a mulher desmentiu essa versão, dizendo que dormiu na casa da mãe. Outro detalhe que chamou a atenção foi o comportamento atípico do suspeito em relação ao seu carro. Ele costumava estacioná-lo na rua, mas naquela noite o veículo permaneceu guardado na garagem. Além disso, testemunhas viram Maicol saindo e entrando da garagem repetidas vezes e afirmando que o carro "tinha ficado bom".

A juíza responsável pelo caso autorizou buscas e apreensões nas residências de Maicol e de Daniel Lucas Pereira, além da quebra de sigilo de dados de ambos, na tentativa de reunir mais provas.

◉ Relembre o caso

Vitória Regina desapareceu após sair do shopping onde trabalhava, em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela pegou um ônibus a caminho de casa e, pouco antes do sumiço, enviou mensagens para uma amiga, relatando que estava "com medo" de dois homens que aguardavam no ponto.

No dia do crime, o pai da jovem não conseguiu buscá-la, como fazia habitualmente, pois seu carro estava na oficina. Imagens de câmeras de segurança mostram Vitória e um dos suspeitos embarcando no ônibus.

A investigação ouviu 18 testemunhas e descartou o envolvimento de dois homens que assediaram a jovem no ponto de ônibus. — Eles brincaram com a vítima naquele momento e depois seguiram e foram para um bar. Nós fomos para o bar, levantamos realmente o horário que eles saíram, nós vimos a conta que foi paga no restaurante — explicou o delegado Carmo.

As investigações continuam para esclarecer quem participou do assassinato e qual foi a motivação do crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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