O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
Na véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados em réus, a expectativa nos bastidores é de uma decisão unânime. Com informações do Globo.
A previsão de bolsonaristas é que a Primeira Turma do STF vote 5 a 0 pela abertura de ação penal contra os acusados, que respondem por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Ministros do STF e tentativa de impugnação
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin são os responsáveis pelo julgamento. Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro tentou, sem sucesso, impedir a participação de Dino e Zanin sob alegação de suspeição, já que ambos processaram o ex-mandatário no passado.
Além de Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou:
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa);
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
- Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin);
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
Transmissão ao vivo e impacto nas redes sociais
Aliados de Jair Bolsonaro criticam a decisão de transmitir o julgamento pela TV Justiça, algo raro nas turmas do STF. Além disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fará pessoalmente a sustentação oral, função geralmente delegada a subprocuradores.
O temor entre os apoiadores do ex-presidente é que a exposição do julgamento resulte em trechos viralizados nas redes sociais com palavras-chave como “golpe”, “decapitação”, “envenenamento”, “invasão” e “depredação”. Como resposta, parlamentares bolsonaristas planejam divulgar recortes estratégicos para contestar as falas dos ministros e mobilizar a base de apoio.
Segurança reforçada e preparativos do STF
Prevendo a possibilidade de manifestações, o STF adotou um esquema especial de segurança. A Corte organizou três sessões extraordinárias, duas delas no período da manhã, para analisar o caso. O plano de segurança foi elaborado em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e inclui policiamento reforçado, controle rigoroso de acesso e medidas preventivas contra ataques cibernéticos.
O julgamento começa com a leitura do relatório por Alexandre de Moraes, seguida da manifestação de Paulo Gonet. Na sequência, as defesas dos acusados apresentarão seus argumentos. Por fim, os ministros votarão se aceitam ou rejeitam a denúncia, definindo se os investigados se tornarão réus.
A ordem de votos será:
- Alexandre de Moraes;
- Flávio Dino;
- Luiz Fux;
- Cármen Lúcia;
- Cristiano Zanin.
Fonte: DCM com informações do jornal O Globo
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