Um link direcionava usuários para uma mensagem que apoiava Jair Bolsonaro, denunciado pela PGR no inquérito do plano golpista
O Telegram excluiu nesta segunda-feira (10) um canal que utilizava o nome do Ministério da Defesa para a publicação de fake news. A pasta solicitou o bloqueio e afirmou não ter qualquer vínculo com o canal que direcionava usuários para uma mensagem golpista que também apoiava Jair Bolsonaro (PL), denunciado pela Procuradoria-Geral da República junto com mais 33 pessoas no inquérito do plano golpista.
A existência do grupo foi revelada após o Ministério da Defesa tomar conhecimento dele por meio de uma matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo no último domingo (9). A publicação indicava uma “nota oficial” e direcionava os usuários para um link. Em seguida, eles eram redirecionados para o canal no Telegram, onde a mensagem golpista estava disponível.
Até as 21h de segunda-feira (10), o canal contava com 419 inscritos. A publicação em apoio a Jair Bolsonaro (PL) foi datada de 9 de novembro de 2022 e dizia: “Dê o golpe, Jair 🇧🇷”, somando 711 reações, com emojis que expressavam tanto aprovação quanto reprovação.
O Ministério da Defesa esclareceu que mantém somente um canal oficial, com o selo de verificação da rede social, acessível por meio do link: t.me/MinisteriodaDefesaOficial.

Mensagem em rede social. Foto: Reprodução / Telegram
Plano golpista
O Supremo Tribunal Federal analisa denúncias feitas pela PGR contra Bolsonaro e mais 33 pessoas no inquérito do plano golpista. Eles já tinham sido alvos de indiciamentos da Polícia Federal antes da investigação chegar na Procuradoria.
As apurações da PF apontaram que os participantes da trama ilegal discutiram também a hipótese de assassinatos do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito do plano golpista no Supremo.
Além de ser alvo de indiciamento e de uma denúncia apresentada pela PGR, Bolsonaro também poderá sofrer novas denúncias da Procuradoria, pois ele já foi indiciado pela PF em outras duas investigações - fraudes em cartões de vacinação, e venda ilegal de joias.
Outra derrota na Justiça ocorreu no Tribunal Superior Eleitoral, que, em 2023, condenou Bolsonaro à inelegibilidade por declarações golpistas em 2022, quando o político da extrema-direita afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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