Ala da Corte quer acelerar denúncia e julgamento ainda em 2025, mas ministros alertam para manobras protelatórias das defesas


Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão divididos sobre a celeridade no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 33 pessoas no inquérito sobre a tentativa de golpe no Brasil. Segundo a coluna da jornalista Basília Rodrigues, da CNN Brasil, enquanto uma ala defende que a denúncia seja recebida ainda neste mês e o julgamento de mérito ocorra até o fim deste ano, outra ala avalia que o processo pode se arrastar por mais tempo devido ao perfil dos investigados e à complexidade do caso.
Em 2023, o STF adotou um ritmo acelerado para julgar os envolvidos na invasão dos prédios dos Três Poderes. As primeiras denúncias sobre os atos de 8 de janeiro foram aceitas em abril daquele ano, e as primeiras condenações foram proferidas em setembro.
No entanto, um dos ministros mais experientes da Corte, acredita que o cenário atual é diferente. Ele avalia que somente o voto do relator, que detalhará a conduta de cada um dos investigados, pode consumir quatro ou mais sessões do plenário.
Com um ex-mandatário no centro do julgamento, há a percepção entre ministros de que as defesas irão sobrecarregar o tribunal com recursos e pedidos protelatórios, dificultando a conclusão do processo no curto prazo.
Outro ministro ouvido pela reportagem afirmou que a previsão de receber a denúncia e julgar o mérito ainda em 2025 reflete um apelo político para encerrar o caso antes do ano eleitoral. Entretanto, ele considera essa projeção excessivamente otimista, alertando para os inúmeros "incidentes processuais" que ainda devem ocorrer, sobretudo em razão das estratégias das defesas.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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