"Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, disse o ex-atacante
O ex-atacante Ronaldo "Fenômeno" Nazário desistiu oficialmente de disputar a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O anúnci foi feito pelo próprio ex-jogador por meio de uma nota divulgada em suas redes sociais nesta segunda-feira (11). Segundo ele, a falta de diálogo com as federações e o apoio maciço à reeleição do atual presidente, Ednaldo Rodrigues, inviabilizaram qualquer possibilidade de candidatura.
“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, escreveu Ronaldo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Os rumores sobre a candidatura do Fenômeno circulavam desde meados de 2024, quando ele negociou a venda de 90% das ações da SAF do Cruzeiro. A intenção ficou evidente em 16 de dezembro, quando o "Jornal Nacional", da TV Globo, destacou que o ex-jogador cogitava disputar o comando da CBF.
Ronaldo pretendia apresentar um projeto de investimento privado para impulsionar o futebol brasileiro e "reconstruir a credibilidade da entidade máxima do futebol brasileiro, com a nossa velha paixão nos novos tempos". Contudo, o ex-atacante afirmou que, ao buscar diálogo com as 27 federações estaduais, encontrou resistência em 23 delas, que sequer aceitaram ouvi-lo.
"As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo", lamentou.
Ainda conforme a reportagem, Ronaldo também criticou o modelo eleitoral da CBF, que concede maior peso de voto às federações estaduais. Para ele, essa configuração favorece a continuidade da atual administração e torna inviável qualquer candidatura de oposição.
"O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções", concluiu.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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