
A vaga aberta na Câmara dos Deputados com a licença temporária de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será ocupada pelo segundo suplente do partido, o Missionário José Olímpio, que recebeu cerca de 61 mil votos nas eleições de 2022. A decisão foi tomada após o “filho 03” anunciar, nesta terça-feira (18), que pretende se licenciar do mandato para permanecer nos Estados Unidos, onde está há mais de 15 dias.
José Olímpio assume o posto porque o primeiro suplente do PL em São Paulo, Adilson Barroso, já está em exercício, ocupando a vaga deixada por Guilherme Derrite, que se licenciou para assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O missionário, de 68 anos, tem uma longa trajetória política, tendo sido deputado federal em duas ocasiões (entre 2011 e 2019) e vereador em São Paulo e Itu, somando cinco mandatos no legislativo municipal.

Conhecido por sua atuação ligada à Igreja Mundial do Poder de Deus, denominação liderada por Valdemiro Santiago, Olímpio se define como um defensor dos “valores cristãos e familiares”.
Em suas redes sociais, embora sem novas publicações desde 2024, o político dedica a maior parte de suas publicações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a temas caros à extrema-direita, como a suposta defesa da família tradicional e críticas ao STF.
Antes de se filiar ao PL, José Olímpio passou por quatro outros partidos: MDB, PP, DEM e União Brasil. Sua trajetória política é marcada por uma atuação alinhada a pautas conservadoras e religiosas, refletindo sua base eleitoral e sua ligação com líderes evangélicos.

A licença de Eduardo Bolsonaro
A decisão de Eduardo pedir licença do cargo ocorre em meio ao risco dele ter seu passaporte apreendido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após uma ação do PT que o acusa de crime contra a soberania nacional ao atacar o Judiciário brasileiro no exterior.
Em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o parlamentar admite que teme ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. “Nunca imaginei que eu faria uma mala de 7 dias para não mais voltar para casa (…). Meu trabalho é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil”, disse.
Eduardo afirma que não pretende se submeter ao que chamou de “regime de exceção” e que seguirá nos EUA para buscar “sanções aos violadores de direitos humanos”. Ele ainda citou o guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho, justificando que ficará em outro país pois “não se combate uma ditadura estando dentro dela”.
Fonte: DCM
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