quinta-feira, 27 de março de 2025

Paulo Gonet pede arquivamento de inquérito contra Bolsonaro por suspeita de fraude em cartões de vacinação

O STF decidirá se acata ou não o pedido feito pela Procuradoria. Bolsonaro já é réu na investigação do plano golpista

         Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta quinta-feira (27) o arquivamento da investigação contra Jair Bolsonaro por supostas fraudes em cartões de vacinação. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se acata ou não o pedido.

Em seu parecer, Gonet escreveu: "com relação especificamente a Jair Bolsonaro, foi inserido, em 21.12.2022, dado ideologicamente falso sobre a sua imunização e de filha menor no sistema SI-PNI do Ministério da Saúde. As informações foram excluídas do sistema menos de uma semana depois, em 27.12.2022. Não há indício de que o certificado tenha sido utilizado, tendo sido dito que fora inutilizado pouco depois de impresso."

O anúncio da PGR ocorreu um dia após o STF tornar Bolsonaro e mais sete aliados réus no inquérito do plano golpista. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar pena de até 39 anos de prisão.

Investigadores também analisaram trechos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid para obter mais detalhes sobre a trama golpista. A colaboração do militar, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontou irregularidades nos registros de vacinação contra a Covid-19. Mas, segundo a PGR, a versão do militar não foi corroborada por outras provas, como exige a lei.

Segundo as investigações, em 21 de dezembro de 2022, um dado falso sobre a imunização de Bolsonaro e de sua filha menor foi inserido no sistema SI-PNI do Ministério da Saúde. A informação foi excluída em 27 de dezembro do mesmo ano.

A decisão da PGR não invalida a delação premiada de Mauro Cid. Além do inquérito do plano golpista e da investigação sobre os cartões de vacina, a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisam a colaboração do militar no caso da venda ilegal de joias recebidas como presentes oficiais. Bolsonaro e seu ex-ajudante já foram indicados pela PF nessas três investigações.

Fonte: Brasil 247

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