Líder da Igreja Católica teve “dois episódios muito críticos”, mas nunca foi intubado e agora continuará recuperação no Vaticano
Após 38 dias de internação para tratamento de uma pneumonia bilateral, o papa Francisco, de 88 anos, recebeu alta neste domingo (23), conforme informou oficialmente o Vaticano. A saída do líder da Igreja Católica do Hospital Gemelli, em Roma, foi acompanhada por uma breve aparição na janela do quarto, onde ele acenou aos fiéis que o aguardavam do lado de fora. Pouco depois, deixou a unidade médica sentado no banco dianteiro de um carro.
“Obrigado a todos!”, foram as primeiras palavras do papa ao receber a alta médica. Em meio à multidão, Francisco reconheceu uma senhora, Carmela, que todas as quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um maço de flores: "E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa", disse o pontífice, de acordo com o Vatican News.
O papa se recupera de uma infecção que acometeu ambos os pulmões e deverá manter ao menos dois meses de repouso em sua residência oficial no Vaticano. O estado de saúde de Francisco gerou forte comoção entre fiéis e autoridades religiosas, especialmente após revelações médicas sobre a gravidade do quadro clínico enfrentado.
Sergio Alfieri, um dos médicos responsáveis pelo tratamento, revelou a jornalistas que o papa passou por momentos delicados durante o período hospitalar. “Nas últimas cinco semanas, ele apresentou dois episódios muito críticos, em que sua vida esteve em perigo”, afirmou o médico. Apesar disso, Alfieri destacou que Francisco “nunca foi intubado” e “sempre permaneceu alerta e orientado”.
Durante o período de internação, iniciado em 14 de fevereiro, o pontífice apareceu ao público apenas uma vez, por meio de uma fotografia divulgada pelo Vaticano na semana anterior à alta. A imagem mostrava o papa rezando em uma capela dentro do hospital, o que buscava transmitir uma mensagem de serenidade e fé.
Na sexta-feira (21), uma autoridade vaticana havia informado que o estado de saúde do papa apresentava melhora gradual. No entanto, alertou que Francisco poderá enfrentar desafios na recuperação plena, incluindo dificuldades na fala devido ao uso prolongado de oxigênio de alto fluxo. “Ele pode ter que reaprender a falar”, disse a fonte.
A internação reabriu o debate sobre a sucessão no comando da Igreja e a resistência física do pontífice, que já enfrenta problemas de mobilidade e saúde há alguns anos. Ainda assim, o Vaticano não sinalizou qualquer afastamento formal de suas funções até o momento.
Fonte: Brasil 247 com agências internacionais
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