Ex-presidente do Senado diz que Lula possui "compromisso absoluto com a democracia" e avalia deixar o partido caso legenda apoie a direita em 2026
O ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que votará no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, destacando seu "compromisso absoluto com a democracia". "Espero que Lula seja candidato à reeleição. Ele terá meu voto e apoio, em especial por seu compromisso absoluto com a democracia, com a estabilidade das instituições e com a melhoria da vida dos brasileiros", declarou o senador à coluna da jornalista Raquel Landim, do UOL.
A fala de Pacheco é uma crítica indireta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que participou da manifestação pela anistia aos presos pelo atos golpistas do 8 de janeiro, realizada no último domingo (15), no Rio de Janeiro.
"Quero ver quem vai ter coragem de votar contra a anistia", disse Tarcísio no ato em referência ao projeto da PEC da Anistia que os bolsonaristas tentam viabilizar no Congresso Nacional. O governador paulista é hoje considerado o nome mais forte da direita para a sucessão presidencial, caso Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível.
O PSD, partido de Pacheco, ainda oscila entre apoiar a reeleição de Lula ou aderir a uma eventual candidatura de Tarcísio. O presidente da sigla, Gilberto Kassab, ocupa o cargo de secretário no governo paulista e mantém forte aliança com o governador.
Diante desse cenário, Pacheco avalia disputar o governo de Minas Gerais em 2026 e, segundo interlocutores, pressiona o PSD por uma definição política. Caso a legenda se incline para a direita, o senador cogita deixar o partido para ser o candidato apoiado por Lula no Estado. Outra possibilidade discutida nos bastidores é a construção de uma candidatura de centro, tendo como alternativa o prefeito eleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).
No último sábado (13), Pacheco se reuniu com Lula para discutir seu futuro político. Questionado pelo presidente sobre suas intenções para 2026, ele descartou tanto a possibilidade de assumir um ministério quanto de concorrer novamente ao Senado. O movimento foi interpretado como uma estratégia para manter margem de negociação antes de definir seu rumo eleitoral.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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