
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (25) um julgamento decisivo para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. As sessões estão programadas para ocorrer entre os dias 25 e 26 de junho, com três encontros para a deliberação sobre a aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR aponta que o ex-mandatário e os demais envolvidos fazem parte do “núcleo crucial” de uma organização criminosa. Os nomes citados na denúncia são:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente do Brasil;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
- General Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Mauro Cid – ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Souza Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil.
Os oito são acusados de cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento seguirá um rito estabelecido pelo STF:
- Abertura da sessão pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin;
- Leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, com informações sobre as investigações;
- Sustentação oral da PGR, representada pelo procurador-geral Paulo Gonet, com um tempo de 30 minutos;
- Defesa dos acusados, com cada advogado tendo 15 minutos para argumentar;
- Votação das questões preliminares, com o relator Alexandre de Moraes seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin;
- Análise do mérito da denúncia, determinando se a acusação resultará na abertura de uma ação penal.
O que acontece em seguida?
Caso a Primeira Turma aceite a denúncia, Bolsonaro e os aliados se tornarão réus no STF. O próximo passo será a fase de instrução processual, com coleta de provas e depoimentos. Em seguida, haverá um novo julgamento para decidir se os acusados são culpados ou inocentes.
Se forem considerados culpados, as penas serão estabelecidas de acordo com a participação de cada um nas ações ilegais. Se forem absolvidos, o processo será arquivado.
Fonte: DCM
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