quarta-feira, 19 de março de 2025

Moraes determina que Meta e X forneçam dados das contas do foragido Allan dos Santos

 

O ministro do STF Alexandre de Moraes e o foragido blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as empresas Meta e X forneçam à Polícia Federal, no prazo de até dez dias, os dados de contas associadas ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Caso não cumpram a decisão, as empresas estarão sujeitas a uma multa diária de R$ 100 mil.

Contexto da decisão

A determinação de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal no âmbito de investigações sobre disseminação de fake news contra a jornalista Juliana Dal Piva.

Os investigadores buscam identificar os responsáveis por criar um novo perfil no Instagram utilizando o nome de Allan dos Santos, bem como obter informações sobre todas as postagens feitas por essa conta e outra no X entre junho de 2024 e fevereiro deste ano.

O blogueiro de extrema-direita, responsável pelo extinto Terça Livre, possui um perfil ativo no X, que ele descreve como sendo a “conta de número 5”.

Perfil no X do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. Reprodução

A extradição não deve ocorrer, já que as infrações atribuídas a ele pelo STF não são consideradas crimes de acordo com a legislação norte-americana.

Outras investigações

O blogueiro também é investigado em outro inquérito da Polícia Federal, que apura uma campanha para expor dados e atacar investigadores envolvidos em casos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Foi no âmbito dessa investigação, revelada pelo UOL, que Moraes determinou novamente sua prisão no ano passado.

Embora o pedido de extradição tenha sido enviado às autoridades dos Estados Unidos, não há expectativa de que seja atendido. Além disso, nos últimos tempos, grandes empresas de tecnologia têm demonstrado um alinhamento maior com o governo norte-americano. Elon Musk, proprietário do X, chegou a receber um cargo na administração de Donald Trump, enquanto Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou o fim da política de checagem de fatos da empresa nos EUA, o que foi interpretado como um gesto favorável ao governo.

Fonte: DCM

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