
Uma boa parte dos bolsonaristas investigados pelos atos terroristas de 8 de janeiro teve a chance de evitar a prisão por meio de um acordo, mas recusou a oferta. Com informações da Veja.
Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, a Corte ofereceu a possibilidade de um acordo de não persecução penal para cerca de dois terços dos processados, o que representa aproximadamente 1.000 dos 1.552 acusados que tiveram a denúncia aceita pelo tribunal.
No entanto, um balanço do STF mostra que apenas 527 pessoas aceitaram firmar o acordo e cumprir penas alternativas, como o pagamento de multa de R$ 5.000, a proibição de usar redes sociais por dois anos e a participação em um curso sobre democracia oferecido pelo Ministério Público.
Para Barroso, o dado serve para “desmistificar a ideia de que nós estamos lidando com o ambulante ou com a costureira que foi a Brasília invadir”.
“São pessoas que têm o radicalismo ideológico a ponto de preferir a condenação a aceitar o acordo de não persecução em bases bastante leves como essas que foram apresentadas”, afirmou o ministro em janeiro. “Portanto, há uma dimensão de postura de radicalidade que desmistifica um pouco a suposta inocência ou ingenuidade das pessoas que praticaram atos bárbaros de violência.”

O STF divulgou um relatório apontando que 2.172 pessoas foram presas em flagrante durante os atos de 8 de janeiro de 2023. No total, o Ministério Público ofereceu 1.659 denúncias, das quais 1.552 já foram aceitas, enquanto 107 ainda estão em análise.
Até janeiro deste ano, 898 réus foram responsabilizados criminalmente, sendo que 225 foram condenados por crimes graves, segundo os dados do Supremo.
Fonte: DCM com informações da revista Veja
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