Plano de Segurança Alimentar e Nutricional projeta que Brasil sairá do Mapa da Fome até 2026
Lula definiu como um de seus objetivos zerar a fome no País (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Tânia Rêgo/Agência Brasil | Freepik)
O III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan) 2025-2027, aprovado pelo governo do presidente Lula e publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5), estabelece 18 estratégias intersetoriais e 219 iniciativas para garantir a segurança alimentar e nutricional no Brasil, com o objetivo de retirar o país do Mapa da Fome até 2026.
O plano integra ações já existentes, como o Plano Brasil Sem Fome e o Plano Safra da Agricultura Familiar, e aborda desafios como o aumento dos preços dos alimentos, a fome em territórios vulneráveis (Amazônia, povos indígenas e população em situação de rua) e os impactos das mudanças climáticas.
Com diretrizes que incluem o fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), a garantia de acesso à terra e à água, e a promoção de sistemas alimentares resilientes, o Plansan visa erradicar a fome, combater a má nutrição e garantir o direito humano à alimentação adequada, especialmente para populações vulnerabilizadas.
A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), responsável pela coordenação do plano, reforça o compromisso do governo em enfrentar a insegurança alimentar de forma multissetorial e participativa.
O plano surge em um contexto em que a fome aumentou significativamente durante o governo Bolsonaro, com o Brasil retornando ao Mapa da Fome. Segundo dados da FAO, ONU e OMS, a insegurança alimentar dobrou entre 2018 e 2020, atingindo 7,5 milhões de brasileiros, em comparação com 3,9 milhões no período de 2014 a 2016, resultado das políticas neoliberais pós-golpe de 2016.
Sob o governo Lula 3, o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024) mostrou uma redução de 85% na insegurança alimentar severa em 2023, com 14,7 milhões de brasileiros saindo dessa condição. A insegurança alimentar severa, que afetava 17,2 milhões de pessoas em 2022, caiu para 2,5 milhões naquele ano.
Fonte: Brasil 247
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