Bombardeio em área civil ocorreu após lançamento de foguetes contra Israel; grupo xiita nega envolvimento e reafirma compromisso com trégua
O Exército de Israel bombardeou nesta sexta-feira (28) subúrbios ao sul de Beirute, capital do Líbano, pela primeira vez desde o cessar-fogo firmado com o Hezbollah em novembro de 2024. Segundo o jornal O Globo, o ataque ocorreu logo após o lançamento de dois foguetes vindos do território libanês, um deles interceptado e o outro caindo fora de Israel. O bombardeio atingiu uma área civil densamente povoada, próxima a escolas, e foi precedido por uma ordem de evacuação emitida pelo Exército israelense. O Hezbollah negou envolvimento e afirmou estar "totalmente comprometido com o acordo de cessar-fogo".
Em declaração nas redes sociais, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Avichay Adraee, alertou moradores sobre a proximidade com instalações do Hezbollah e orientou que se afastassem por pelo menos 300 metros. Já o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que, se não houver paz no norte de Israel, "também não haverá paz em Beirute", e responsabilizou o governo libanês por qualquer agressão à região da Galileia. Segundo ele, o país "não permitirá um retorno à realidade de 7 de outubro", em referência ao ataque do Hamas em 2023.
O prefeito de Metula, cidade israelense próxima à fronteira, David Azoulay, declarou que os ataques representam exatamente o tipo de escalada que as autoridades temiam, comparando-os aos ataques esporádicos enfrentados por décadas no sul de Israel. Ele também antecipou que o governo de Israel poderá revogar a Resolução 1701 da ONU, que regula o cessar-fogo com o Hezbollah desde 2006, e continuar a ofensiva contra o grupo xiita. O cenário marca um agravamento da tensão entre os dois países e sinaliza o risco de um novo ciclo de violência regional.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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