segunda-feira, 10 de março de 2025

Gleisi irá procurar lideranças do PP para evitar que o partido deixe a base governista

Sinalização de Ciro Nogueira sobre ir para a oposição pressiona a nova ministra da articulação política a pacificar bancada

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A recente sinalização do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), de que o partido deveria migrar para a oposição gerou turbulências no governo e acendeu um alerta no Palácio do Planalto. Diante da crise, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que assume a Secretaria de Relações Institucionais nesta segunda-feira (10), intensificou as articulações para evitar um rompimento definitivo da legenda com a base governista.

Segundo a coluna da jornalista Tainá Falcão, da CNN Brasil, Gleisi pretende se reunir pessoalmente com o líder do PP na Câmara, deputado Dr. Luizinho (RJ), para entender as insatisfações da bancada, que conta com 50 parlamentares e tem se queixado do não cumprimento de acordos firmados pelo ex-ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, agora titular da pasta da Saúde.

Outro ponto de atrito envolve o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), que, segundo interlocutores, reclama da falta de orçamento para atender a bancada do partido, apesar da pressão que recebe. Além disso, pesa o descontentamento com o tratamento dispensado ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não teve espaço garantido na Esplanada. A principal expectativa girava em torno do Ministério da Agricultura, atualmente comandado por Carlos Fávaro (PSD).

Nos bastidores, aliados avaliam que, caso o governo cedesse espaço a Lira, ele poderia ajudar a conter a rebelião interna no PP. No entanto, sem essa acomodação, até mesmo integrantes do PT reconhecem o risco de o deputado se tornar um dos principais articuladores da oposição.

Ainda de acordo com a reportagem, para evitar a debandada de aliados, Gleisi planeja uma verdadeira imersão nos partidos da base para mapear demandas e negociar soluções com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre as prioridades da nova ministra, está a busca por um nome de centro para liderar o governo no Congresso, além de manter a coesão da base até 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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