segunda-feira, 17 de março de 2025

Gleisi diz que entrou no governo 'para somar' e minimiza divergências com Haddad

Ministra disse que críticas e diferenças de opinião fazem parte do processo democrático e reforçou apoio à agenda econômica do governo

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (Foto: Diogo Zacarias/MF)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que sua entrada no primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o objetivo de "somar" e minimizou divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Segundo Gleisi, as críticas e posições distintas entre integrantes do governo fazem parte do processo democrático.

“Essa semana eu estive com o ministro Haddad. Desde a minha posse eu disse que queria muito conversar com ele porque eu entrei para o governo para somar. Eu posso ter minhas críticas, minhas posições divergentes. Eu acho que isso é normal no processo democrático e até nesse processo que a gente tem de formação de governo”, afirmou a ministra em entrevista ao programa “PodK Liberados”, exibido pela Rede TV! no domingo (16), de acordo com a CNN Brasil.

Nos últimos anos, Haddad e Gleisi já discordaram em diferentes momentos sobre os rumos do PT e a estratégia do terceiro mandato do presidente Lula. Ainda segundo a CNN Brasil, os dois passaram a ser citados como possíveis sucessores de Lula, alimentando especulações sobre uma disputa futura dentro do partido.

Apesar das diferenças, o encontro entre os ministros na última semana indicou que ambos pretendem manter uma atuação conjunta dentro do governo. Gleisi reforçou sua disposição de colaborar com a equipe econômica. “Eu vim ajudar e disse isso no discurso [de posse] e fui lá na Fazenda conversar com ele. Eu falei: ‘ministro, quais são os projetos que a economia tem no Congresso Nacional? Como que a gente pode te ajudar a articular e facilitar isso? Então conte comigo’. Ele já me passou os projetos, foi uma conversa boa, eu vou estar ao lado”, declarou.

A ministra também criticou a pressão do mercado financeiro sobre as decisões econômicas do governo, defendendo que a administração de Lula é responsável na condução da economia. “Não é certo o mercado ficar cobrando que corte os pulsos, como é que você vai deixar de fazer as coisas? Então o governo do presidente Lula é muito responsável”, argumentou. Ao final da entrevista, no quadro "Defina em uma palavra", Gleisi classificou Haddad como “inteligentíssimo”.

Entre as prioridades da ala econômica do governo, ela destacou o avanço de pautas como a limitação dos supersalários do funcionalismo público e o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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