
Logo após assinar um acordo que amplia a presença do governo na Eletrobras, o presidente Lula nomeou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o Conselho Fiscal da empresa.
Além disso, o governo também indicou outros três nomes para o Conselho de Administração, todos os quais se opõem à privatização da Eletrobras: Silas Rondeau, Maurício Tomalsquim e Nelson Hubner.
O Conselho Fiscal, para o qual Mantega foi indicado, é um órgão independente responsável pela fiscalização, enquanto o Conselho de Administração é o responsável por definir a estratégia da empresa.
Os quatro indicados têm experiência na área, incluindo posições no Ministério de Minas e Energia e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tomalsquim, por exemplo, é atualmente diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras.

A trajetória de Guido Mantega
Guido Mantega foi ministro da Fazenda durante dois mandatos presidenciais, primeiro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e, posteriormente, no primeiro mandato de Dilma Rousseff. No período em que comandou a economia brasileira, entre 2006 e 2014, Mantega desempenhou um papel central na gestão econômica, principalmente durante a crise internacional de 2008.
Como um dos principais responsáveis pela política anticíclica adotada pelo governo, Mantega ajudou a mitigar os impactos da crise global no Brasil, com medidas como o aumento dos gastos públicos, a ampliação do crédito nos bancos estatais e o estímulo ao consumo.
Sob sua liderança, a economia brasileira experimentou um crescimento robusto. De 2006 a 2011, o país registrou o maior crescimento econômico dos últimos 30 anos, com uma média de 4,2% ao ano. Em 2010, o PIB cresceu impressionantes 7,5%. Além disso, o desemprego teve uma queda expressiva, saindo de 9,8% em 2006 para 6% em 2011, e continuaria a cair, chegando a 4,7% quando Mantega deixou o cargo em 2014.
O ex-ministro foi uma figura chave na trajetória econômica do Brasil, especialmente durante o auge do ciclo de commodities e da estabilidade econômica, além de ter sido essencial na implementação de medidas para enfrentar a crise financeira global.
Fonte: DCM
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