segunda-feira, 3 de março de 2025

Eunice e Rubens Paiva em 'Ainda Estou Aqui', Fernanda Torres e Selton Mello celebram o Oscar: "histórico!"

'Esse troféu celebra a equipe, honra a família Paiva e impulsiona o cinema brasileiro', declarou Selton Mello

Fernanda Torres como Eunice Paiva e Selton Mello como Rubens Paiva em ‘Ainda Estou Aqui’ (Foto: Reprodução/Instagram)

O Brasil conquistou, pela primeira vez, o Oscar de Melhor Filme Internacional com 'Ainda Estou Aqui', dirigido por Walter Salles. Ao receber a estatueta, Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, personagem central da trama. "Uma honra tão grande. Isso vai para uma mulher que teve uma perda tão grande. Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva, e para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", afirmou o diretor em seu discurso.

A produção retrata a trajetória de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que enfrentou o desaparecimento forçado e o assassinato de seu marido, o engenheiro Rubens Paiva, durante a ditadura militar. O roteiro é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho caçula do casal, que transformou a história de sua família em um relato fundamental sobre os horrores do regime.

O reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas gerou grande emoção entre os envolvidos na produção e na comunidade cinematográfica brasileira. Fernanda Torres celebrou a conquista com entusiasmo: "Ainda estamos aqui comemorando!". Selton Mello, um dos protagonistas, destacou a relevância do prêmio para o cinema nacional: "Agora temos um Oscar! Lindeza de jornada! O filme seria importante e necessário de qualquer maneira, mas esse troféu celebra a equipe, aditiva o filme, honra a família Paiva e mais que isso: aumenta consideravelmente o interesse no nosso potente cinema brasileiro. Todos ganhamos hoje! Os sensíveis ganharam esse prêmio com a gente. Celebrem muito, isso aqui é histórico! Brasil no topo! Fizemos história".

A conquista marca a primeira vitória de um longa-metragem exclusivamente brasileiro na categoria. Antes disso, o país havia sido indicado outras quatro vezes: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que É Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999), mas nunca havia levado a estatueta.

Fonte: Brasil 247

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