O ministro do STF votou para condenar Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por danos morais coletivos
A bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos, que pichou com batom a estátua da Justiça na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), enviou uma carta pedindo desculpas ao ministro da Corte Alexandre de Moraes. O magistrado condenou a cabeleireira a 14 anos de prisão, além de pedir o pagamento de R$ 50 mil em multa e indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Os pagamentos terão de ser feitos em conjunto com os demais condenados pelo caso, apontou a decisão.
O ministro do Supremo também retirou o sigilo da carta nesta quarta-feira (26). Débora afirmou estar arrependida do ato. A bolsonarista relatou “vergonha” e “consequências irreparáveis” ao comentar sobre aquelas manifestações golpistas. A carta foi endereçada ao magistrado em outubro do ano passado.
“Fui a Brasília pois acreditava que aconteceria uma manifestação pacífica e sem transtornos, porém, aos poucos, fui percebendo que o movimento foi ficando acalorado”, continuou.
A cabeleireira afirmou que não sabia o valor simbólico daquela estátua. “Sinceramente, fiquei muito chateada com o quebra-quebra nas instituições. Repudio o vandalismo, contudo, eu estava ali porque eu queria ser ouvida, queria maiores explicações sobre o resultado das eleições tão conturbadas de 2022”.
O ministro do STF Luiz Fux pediu vista e, por consequência, o julgamento de Débora foi paralisado. Na Corte, o placar está 2 a 0 pela condenação. Além do ministro Alexandre de Moraes, Flávio Dino também votou para condenar a bolsonarista.
Números oficiais divulgados em janeiro apontaram que ministros do Supremo já emitiram 371 condenações na investigação sobre as manifestações terroristas em Brasília, onde apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram as estruturas do STF, do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, e do Congresso Nacional.
Fonte: Brasil 247
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