sábado, 1 de março de 2025

Dragões, Mancha e Rosas de Ouro se destacam no 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo (veja vídeos dos desfiles)

Colorado do Brás, Barroca Zona Sul, Acadêmicos do Tatuapé e Camisa Verde e Branco também passaram pelo Anhembi

Sambódromo do Anhembi — Foto: Reprodução/TV Globo

Dragões da Real, Mancha Verde e Rosas de Ouro foram os destaques 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2025. A noite quente foi marcada por enredos que contavam histórias sobre diversos temas como fé, luto, religiosidade, jogos, além de homanagens a artistas.

Colorado do Brás , Barroca Zona Sul , Acadêmicos do Tatuapé e Camisa Verde e Branco também desfilaram da noite desta sexta-feira (28) à manhã deste sábado (01). Todas as escolas atravessaram o Anhembi dentro do tempo máximo previsto.

Um dos carros da Barroca apresentou problemas ainda na concentração, mas conseguiu atravessar o Anhembi. A escola optou por não fazer o tradicional recuo da bateria.

O segundo dia dos desfiles do Grupo Especial de São Paulo, que acontece entre o sábado (01) e o domingo (02), contará com apresentações da Águia de Ouro, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel, Acadêmicos do Tucuruvi, Estrela do Terceiro Milênio e Vai-Vai.

Desfiles do 1º dia

1. Colorado do Brás
2. Barroca Zona Sul
3. Dragões da Real
4. Mancha Verde
5. Acadêmicos do Tatuapé
6. Rosas de Ouro
7. Camisa Verde e Branco

Colorado do Brás

Colorado do Brás abriu o primeiro dia dos desfiles de São Paulo em seu retorno ao Grupo Especial após dois anos. Vice-campeã do Grupo de Acesso em 2024, a escola que está completando 50 anos levou para a avenida um enredo homenageando o afoxé Filhos de Gandhy, um dos maiores e mais tradicionais blocos de carnaval do Brasil.

Cruzando a avenida sem problemas técnicos e dentro do tempo, a escola homenageou astros da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Clara Nunes no carro abre-alas. Os integrantes da Colorado atravessaram o Anhembi bem animados e desfilaram usando roupas inspiradas nos trajes do ativista Mahatma Gandhi. Além disso, foi a primeira escola de samba a ter uma mulher trans como rainha de bateria (veja abaixo).


Barroca Zona Sul

Segunda escola a entrar na avenida, a Barroca Zona Sul homenageou Iansã, que nas religiões de matriz africana é conhecida como a rainha dos raios, ventos e tempestades. Rainha de bateria da escola, Juju Salimeni veio à frente dos 210 ritmistas representando a divindade.

Assim como em 2024, a escola chamou a atenção com sua comissão de frente, representando espíritos andarilhos perdidos na floresta e se transformando com a presença de Iansã. A passagem do carro foi deixando a avenida toda perfumada com uma fumaça que representava os ventos.

O segundo carro da Barroca apresentou problemas ainda na concentração, mas conseguiu entrar na avenida sem falhas. Porém, deixou um buraco entre as alas, o que pode comprometer a escola no quesito evolução. A escola, que não fez o tradicional recuo de bateria, finalizou a travessia da avenida faltando apenas um minuto para o fechamento dos portões.


Dragões da Real

Vice-campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2024, a Dragões da Real usou a música “Aquarela”, de Toquinho, para falar sobre o ciclo da vida. O tema foi inspirado no neto do carnavalesco Jorge Freitas, Jorge Freitas Neto, de 8 anos, que morreu em abril de 2024 por causa de uma doença rara que causava o crescimento desordenado dos órgãos.

A comissão de frente e os carros alegóricos foram destaques da escola, que emocionou o público com seu enredo. A Dragões atravessou a avenida entre fantasias e alegorias de cores vibrantes, deixando o preto para os integrantes da bateria. Os instrumentos dos músicos traziam cores e luzes de led.

Tentando a vitória inédita no Grupo Especial, a Dragões da Real não teve problemas ao longo do percurso e encerrou o desfile com uma ala na qual todos os membros vestiam branco.


Mancha Verde

Quinta colocada no carnaval de São Paulo em 2024, a Mancha Verde levou para a avenida um samba que mostra onde a fé e o profano se encontram na Bahia. A dualidade foi representada em várias alas e alegorias. Inspirada em uma série do cineasta Gastão Netto, o enredo conta como o povo baiano carrega a religiosidade com a mesma força com que se permite viver as festas.

A comissão de frente veio bastante cênica, mesclando as festas e a tradicional lavagem do Bonfim. A bateria da escola trouxe referências do jongo e do pagodão baiano. E Viviane Araújo, à frente dos ritmistas, veio com a fantasia Canto da Cidade, em homenagem à cantora Daniela Mercury. A escola atravessou o Anhembi sem dificuldades.


Acadêmicos do Tatuapé

Terceira colocada no carnaval de São Paulo 2024, a Acadêmicos do Tatuapé se inspirou na frase de Martin Luther King (“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”) e levou para a avenida um enredo sobre justiça e esperança.

Com uma coreografia ágil, a comissão de frente veio representando o caos e trazia um “homem enforcado” em seu carro. O boneco simbolizava um dos métodos de execução mais marcantes da história. Outro carro com um forte simbolismo trazia o corpo de uma criança morta nos braços da justiça.

A rainha de bateria da escola, Muriel Quixaba, chamou a atenção com um look futurista, contando com óculos com luzes e que se movimentava para cima e para baixo durante o desfile, simbolizando como a justiça é cega em alguns momentos.


Rosas de Ouro

Sexta escola a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles, a Rosas de Ouro contou como os jogos influenciaram a humanidade ao longo dos anos. A comissão de frente representava “uma noite no cassino”, e seus membros intercalavam momentos teatrais com danças.

A escola, que escapou por pouco do rebaixamento em 2024, ficando em 11º lugar, fez um embaralhar de cartas com os integrantes de sua primeira ala. E a bateria chamou a atenção com suas coreografias enquanto colocava a avenida para sambar.

Outro destaque foi a flor com luz neon no costeiro da rainha de bateria Ana Beatriz Godoi, que mudava a cor das pétalas. A escola, que despertou a memória de todos com jogos como War, Detetive, Pac-Man e Mario Bros, encerrou o desfile já no amanhecer de sábado (1).


Camisa Verde e Branco

Camisa Verde e Branco levou para a avenida uma homenagem ao cantor e compositor Cazuza e fez o dia do público nascer feliz no Anhembi. Última escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial, a Camisa tenta um resultado melhor do que o de 2024, quando escapou por poucos décimos de ser rebaixada.

A escola mostrou músicas e fases importantes do artista, que morreu em 1990. O samba-enredo trazia várias menções ao repertório do cantor em carreira solo e com a banda Barão Vermelho, como “Faz parte do meu show”, “Exagerado” e “O tempo não para”.

Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, desfilou com a escola. Assim como Guto Goffi, baterista da primeira formação do Barão Vermelho. Daniel de Oliveira, que interpretou Cazuza no longa “O Tempo Não Para” (2004), também marcou presença. A tradição ala das baianas merece menção especial, com sua fantasia toda branca e envolta pela fita vermelha que é símbolo mundial de luta contra a Aids.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

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