Motta viajará ao Japão na próxima semana, abrindo brecha para bolsonaristas avançarem com o projeto
No Congresso Nacional, governistas e aliados expressam crescente preocupação com a possibilidade de a oposição fazer uma manobra para colocar em votação o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo a jornalista Ana Flor, do g1, a estratégia seria aproveitar a ausência do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que integrará a comitiva oficial do presidente Lula (PT) na viagem ao Japão, na próxima semana.
Sem Motta à frente da Casa, quem assumirá a presidência será o primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A situação gerou um clima de apreensão entre líderes do governo, que temem a possibilidade de uma manobra da oposição para colocar o projeto em votação de forma acelerada, no regime de urgência.
Na reunião de líderes partidários realizada nesta quinta-feira, o PL propôs colocar o projeto em tramitação urgente. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti (RJ), afirmou durante o ato em Copacabana no último domingo (16) que 92 deputados já haviam assinado o requerimento de urgência.
Hugo Motta, por sua vez, deixou a reunião de líderes sem fazer declarações, e sua saída foi considerada abrupta por outros deputados presentes.
Além da viagem de Motta, outro fator que pode influenciar as articulações no Congresso na próxima semana é o julgamento, pela Primeira Turma do STF, sobre a possível denúncia contra Jair Bolsonaro e outros acusados de tentarem dar um golpe de Estado em 2022.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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