terça-feira, 18 de março de 2025

Com passaporte na mira do STF, Eduardo Bolsonaro se licencia da Câmara e decide ficar nos EUA

Deputado tem conspirado junto a aliados estrangeiros contra autoridades brasileiras, alegando uma suposta perseguição política contra seu pai e apoiadores
  
       Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu permanecer nos Estados Unidos e se licenciar do mandato na Câmara dos Deputados por quatro meses, informa Igor Gadelha, do Metrópoles. Eduardo já havia dito a lideranças do PL que retornaria ao Brasil na terça-feira (18/3).

“Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria. Irei me licenciar, sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, declarou Eduardo Bolsonaro.

O deputado está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, data em que parlamentares do PT ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de apreensão de seu passaporte. A sigla acusa Eduardo de atentar contra a soberania nacional ao atacar e tentar organizar uma reação ao Judiciário brasileiro a partir do exterior. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, enviou a ação à Procuradoria-Geral da República (PGR), que não cumpriu o prazo de cinco dias para se manifestar sobre o pedido.

A permanência de Eduardo Bolsonaro nos EUA surpreendeu até mesmo aliados. Na segunda-feira (17), o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), havia confirmado que o parlamentar voltaria ao Brasil para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores (Creden). Entretanto, na terça-feira, Sóstenes afirmou que “tudo mudou durante a madrugada”.

Com a decisão de Eduardo de se licenciar do mandato, o PL precisará redefinir sua estratégia para a Creden. O partido havia pleiteado a presidência da comissão justamente para abrigar o filho de Jair Bolsonaro (PL), como forma de contraponto à ação movida pelo PT no STF.

A ausência de Eduardo Bolsonaro também foi sentida em outro cenário político. No último domingo (16), ele não compareceu à manifestação liderada por seu pai, Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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