sábado, 15 de março de 2025

Bolsonaro comenta delações de Mauro Cid: 'nem tudo é mentira'

'Algumas coisas são verdade', afirmou o político da extrema-direita

       Tenente-coronel Mauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (14) que são verdadeiras algumas declarações do tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele fala muita coisa. Algumas coisas são verdade, mas outras eu fico pensando: ‘Como o cara teve conhecimento disso, se nem eu estava sabendo?'”, declarou Bolsonaro no podcast Flow e aproveitou para atacar o Tribunal Superior Eleitoral, ao acusar o TSE de interferir na eleição presidencial de 2022 para favorecer a candidatura de Lula.

“Ninguém da esquerda poderia me derrotar, Ciro, Haddad… Segundo eles, o nome para me derrotar era o Lula, por isso reinterpretaram a instância. Ele tinha condenações. Anularam e ele voltou à estaca zero, voltou a ser elegível, e daí, acho que a gente vai entrar nesse assunto, teve a mão pesada do TSE para ele, a mão pesadíssima do TSE pró-Lula”.

Citado por Bolsonaro, Mauro Cid é peça-chave em três investigações que resultaram no indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal - trama golpista, fraudes em cartões de vacina e venda ilegal de joias. A Procuradoria-Geral da República denunciou o militar e o ex-mandatário no inquérito do plano do golpe. Os dois podem ser alvos de novas denúncias.

Entre as revelações feitas pelo tenente ao Judiciário, está a acusação de que Bolsonaro teria redigido um decreto para instaurar um “estado de defesa” para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro disse que o militar foi indicado por outra pessoa e que apenas aceitou a recomendação. O ex-mandatário e o tenente têm laços antigos: o político da extrema-direita foi colega de Lorena Cid, pai de Mauro, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

A Procuradoria-Geral da República denunciou Bolsonaro, Mauro Cid e mais 32 pessoas no inquérito do plano golpista, que, de acordo com investigadores, também tinha como um dos objetivos os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. O Supremo analisa o caso.

Fonte: Brasil 247

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