A sessão foi marcada para ocorrer ainda esta semana
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão extra do plenário virtual da Corte para discutir os pedidos feitos pelas defesas de Jair Bolsonaro (PL) e de Braga Netto na investigação sobre o plano golpista. A sessão foi marcada para ocorrer entre quarta-feira (19) e quinta-feira (20). Os dois foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República junto com mais 32 pessoas no inquérito da trama ilegal.
A defesa de Bolsonaro quer que o Supremo declare os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino impedidos de julgar o caso.
Advogados do ex-mandatário alegaram que, antes de assumir uma vaga no STF, Zanin subscreveu em nome do PT uma notícia-crime contra Bolsonaro por ataques às instituições. Sobre Flávio Dino (MA), a defesa mencionou uma queixa-crime por acusação de calúnia, injúria e difamação, movida pelo ministro quando o magistrado era governador do Maranhão.
A defesa de Braga Netto pediu ao STF que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, seja considerado suspeito para julgar a denúncia, porque seria um dos alvos da trama golpista.
Antes de a PGR denunciar Bolsonaro e Braga Netto, a Polícia Federal havia apontado, nos pedidos de indiciamentos, que os participantes da trama ilegal tinham como um dos objetivos os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexanndre de Moraes.
O presidente do STF já negou três pedidos. Mas as defesas de Bolsonaro e Braga Netto recorreram.
O ministro Cristiano Zanin marcou para o dia 25 de março o julgamento de Bolsonaro, Braga Netto e mais seis investigados - Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin), General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
Fonte: Brasil 247
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