terça-feira, 25 de março de 2025

Bancada do PL diz que não vai assistir 'julgamento político' de Bolsonaro no STF por trama golpista

"Sabemos que será um julgamento político e não jurídico. Se fosse jurídico deveria estar na 1ª instância", disse o líder do PL, Sóstenes Cavalcante

      (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Durante o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a bancada do Partido Liberal (PL) decidiu se reunir, mas com uma postura simbólica de boicote: segundo parlamentares ouvidos pela CNN Brasil, os deputados não irão sequer ligar a televisão para acompanhar a sessão do colegiado.

Segundo a CNN Brasil, o encontro da bancada está marcado para as 14h desta terça-feira (25), no plenário 1 da Câmara dos Deputados — um dos maiores da Casa. No mesmo dia, a Primeira Turma do STF realiza sessões às 9h30 e às 14h30 para analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e o deputado federal Alexandre Ramagem, todos filiados ao PL.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que manterá sua rotina e descartou acompanhar o julgamento. “Pra te falar a verdade, nem sei que horas [o julgamento] vai começar. Minha agenda seguirá normalmente. Nós não temos interesse em assistir a um julgamento político. Sabemos que será um julgamento político e não jurídico. Se fosse jurídico deveria estar na 1ª instância”, declarou.

A sigla também intensificou a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque em pauta o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos e condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro. Atualmente, Motta está no Japão, integrando a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nos bastidores, líderes da oposição ameaçam obstruir votações na Casa caso o projeto de anistia não seja pautado imediatamente após o retorno do presidente da Câmara ao Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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