Objetivo é pressionar por sanções semelhantes às aplicadas por Alexandre de Moraes, com foco na revogação de vistos e restrições de entrada nos EUA
Dois aliados do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos estão investigando possíveis bens de ministros do STF no exterior. De acordo com reportagem do Uol, a iniciativa visa levantar informações que possam embasar sanções pelo governo norte-americano, similares às impostas pelo ministro Alexandre de Moraes contra aliados de Jair Bolsonaro. Além disso, o grupo busca pressionar Washington para revogar o visto de Moraes e de seus familiares. Dois dos principais alvos do magistrado, os blogueiros Paulo Figueiredo e Allan dos Santos, moram nos EUA e integram essa articulação.
Eduardo Bolsonaro tem liderado as tratativas, servindo de elo entre parlamentares brasileiros e congressistas republicanos ligados a Donald Trump, como María Elvira Salazar e Jim Jordan. Desde o início de 2025, Eduardo viajou quatro vezes aos EUA para reuniões sobre possíveis sanções contra Moraes e sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado. Um comitê do Congresso americano já aprovou um projeto que pode restringir a entrada de estrangeiros acusados de violar a Primeira Emenda, argumento usado pelos bolsonaristas contra Moraes.
Além da oposição política, Moraes enfrenta ataques do bilionário Elon Musk, dono da plataforma X, que o acusa de censura. Desde 2024, bolsonaristas e trumpistas coordenam ofensivas contra o STF, intensificadas após a vitória de Trump. A revogação do visto de Moraes voltou à pauta, e uma nova frente contra o ministro foi aberta nos tribunais americanos: a empresa de mídia de Trump e a plataforma de vídeos Rumble acionaram a Justiça dos EUA contra ele, alegando censura.
A crescente ofensiva contra Moraes se dá em meio à tensão entre bolsonaristas e o STF, com a tentativa de reverter decisões judiciais e enfraquecer investigações contra Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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