Ex-ministro da Fazenda esteve à frente da economia em um dos períodos de maior prosperidade da história do País
A Justiça Federal do Distrito Federal extinguiu a última ação penal contra o economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, reconhecendo a prescrição do caso. A decisão, tomada pelo juiz Antonio Claudio Macedo da Silva, arquiva o processo no qual Mantega era acusado de crime funcional contra a ordem tributária no âmbito da Operação Zelotes.
Mantega foi o ministro da Fazenda mais longevo da história do Brasil, permanecendo no cargo por quase nove anos, entre 2006 e 2015. Durante sua gestão, a economia brasileira cresceu, em média, cerca de 4% ao ano, com inflação controlada e um período de forte expansão do mercado de trabalho. O ex-ministro teve papel central na condução da política econômica que garantiu prosperidade ao País e atravessou a crise financeira global de 2008 com sucesso.
A ação penal agora extinta era um desdobramento da Operação Zelotes, que investigava supostas interferências no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Mantega havia sido denunciado em 2018, mas, com 75 anos, teve seu prazo prescricional reduzido pela metade, conforme prevê o Código Penal. “Com efeito, entre a data do recebimento da denúncia e a presente data já fluiu o interstício além do necessário para a prescrição”, afirmou o magistrado.
O advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, celebrou o arquivamento e criticou as perseguições judiciais sofridas por Mantega nos últimos anos. “É o fim de um calvário imposto a um dos melhores ministros da Fazenda da história do País”, disse ao Brasil 247.
Segundo pessoas próximas, Mantega recebeu a notícia com tranquilidade e senso de justiça, após anos enfrentando acusações sem fundamento. O caso reforça o histórico de processos da Zelotes e da Lava Jato que acabaram arquivados ou resultaram em absolvições por falta de provas.
Fonte: Brasil 247
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