Primo dos filhos do ex-mandatário responderá por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e associação criminosa armada
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Leo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-esposa de jair Bolsonaro (PL) e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.
O julgamento acontece na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. O relator, Alexandre de Moraes, votou para aceitar a denúncia e transformar Léo Índio em réu por cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo o jornal O Globo, acompanharam o voto de Moraes os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin, consolidando a maioria. O último a votar será Luiz Fux. O julgamento ocorre no plenário virtual e tem previsão de ser concluído nesta sexta-feira (28).
Segundo a denúncia da PGR, Léo Índio não apenas participou das manifestações antidemocráticas, mas também instigou e colaborou ativamente para os atos de depredação. O documento apresentado ao STF destaca que ele registrou e divulgou imagens em frente ao Congresso Nacional no momento em que participava da invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.
Além disso, a PGR aponta que Léo Índio teve envolvimento em outras mobilizações de caráter golpista, incluindo manifestações em frente a unidades militares após as eleições presidenciais de 2022.
A defesa, porém, contesta as acusações e afirma que ele "não participou de qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público, estando presente apenas em uma manifestação pacífica, a qual evoluiu para um tumulto inesperado".
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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