terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

STF espera receber denúncia contra golpistas até esta quarta-feira

Em paralelo, Jair Bolsonaro se reúne com aliados para discutir um projeto de anistia ou de redução de pena para os envolvidos no 8 de janeiro

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

Em meio à expectativa de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, a oposição bolsonarista se reúne nesta terça-feira (18) no Senado Federal para discutir, entre outros temas, o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O timing da reunião, segundo a coluna da jornalista Camila Bomfim, do g1, é particularmente sensível, já que a PGR deve apresentar, segundo esperam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), até esta quarta-feira (19) uma denúncia formal contra Bolsonaro e aproximadamente 40 aliados pela suposta participação na trama golpista.

O encontro de Bolsonaro com parlamentares aliados deverá debater diferentes pautas do início do ano legislativo. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), confirmou o convite: "Bolsonaro foi convidado para conversar conosco a respeito do início do ano legislativo e das diversas pautas importantes que interessam ao povo brasileiro, incluindo anistia, conjuntura e outros temas. Não há pauta fechada".

A articulação em torno do projeto de anistia ganhou novos contornos nas últimas semanas. Inicialmente pensado como um perdão geral aos participantes dos atos golpistas, o texto agora está sendo negociado com um escopo mais restrito, visando apenas a redução de penas para parte dos crimes. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a estratégia atual é evitar uma anistia total aos presos, considerando que tal medida poderia ser vista como radical tanto pelo Congresso quanto pela população.

Entre os alvos que deverão ser atingidos pela denúncia da PGR destacam-se 27 militares, incluindo seis generais que ocuparam posições estratégicas no governo Bolsonaro: os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa), além dos generais Mario Fernandes, Estevam Theophilo e Nilton Diniz, todos da reserva. A lista de possíveis denunciados inclui ainda o almirante da reserva Almir Garnier Santos, que comandou a Marinha durante o governo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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