segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Silveira diz que governo deve usar recursos de Itaipu para evitar reajuste da tarifa

Déficit nas contas de Itaipu levou Aneel a cobrar uma solução do governo

Alexandre Silveira (Foto: TAUAN ALENCAR (DIVULGAÇÃO/MME))

O governo federal estuda utilizar recursos da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional para evitar um possível impacto de cerca de R$ 700 milhões nas contas de luz dos brasileiros. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (10) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao jornal Valor Econômico.

As chamadas “Contas de Comercialização de Itaipu", que consideram principalmente componentes externos ao orçamento da usina e fatores hidrológicos, foram alvo de escrutínio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) após apresentarem um saldo negativo de R$ 333 milhões referente a 2024.

Segundo a Aneel, um “erro de cálculo” teria levado o governo a subestimar os valores necessários para manter a tarifa aos consumidores. Agora, o objetivo do governo, diante das cobranças da Aneel, é garantir o cumprimento do acordo firmado com o Paraguai e a manutenção da tarifa atual, sem repassar eventuais custos adicionais aos consumidores brasileiros.

“O governo não quer onerar o consumidor. O caminho proposto pelo Ministério de Energia ao governo é utilizar os recursos de Itaipu ao invés de aumentar a conta do consumidor”, disse Silveira, em visita a obras de transmissão de energia na cidade de Janaúba (MG), de acordo com o Valor Econômico.

O que diz a Itaipu - Em comunicado divulgado em dezembro do ano passado, a Itaipu Binacional esclareceu que “não há rombo nas contas da empresa” e que o déficit da "Conta de Comercialização da Itaipu" não influencia seu resultado financeiro.

A empresa disse que a conta não é gerida pela Itaipu Binacional, e possui regulação e fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao rebater notícias divulgadas na mídia, também disse na nota que um eventual déficit “não tem qualquer relação com os programas socioambientais ou os patrocínios realizados”.

Fonte: Brasil 247 com Valor Econômico

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