Com metade dos R$ 11,5 bilhões destinados a emendas reservada para as comissões de saúde da Câmara e do Senado, legenda busca fortalecer base municipal
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto - 08/11/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
O Partido Liberal (PL), liderado por Valdemar Costa Neto, tem focado em uma estratégia de fortalecimento das bases locais, visando as eleições gerais de 2026. A prioridade dada às comissões da Câmara dos Deputados, especialmente a Comissão de Saúde, reflete um movimento para além das questões ideológicas e de costumes. Segundo o jornal O Globo, o PL, com a maior bancada na Câmara, composta por 92 deputados, garantiu o direito de escolher as duas primeiras comissões de sua preferência, e a Comissão de Saúde, com seu enorme potencial de distribuição de emendas, se destaca como a principal aposta.
Com um total de R$ 11,5 bilhões destinados às emendas parlamentares no orçamento de 2025, sendo metade desse valor reservada para as comissões de saúde da Câmara e do Senado, o PL vê a comissão como um trunfo para garantir apoio dos prefeitos e expandir sua força política local. A distribuição de emendas pode ser um diferencial estratégico para o partido, já que os valores exatos ainda estão sendo definidos na Lei Orçamentária Anual (LOA), que será votada após o Carnaval.
Além da Comissão de Saúde, o PL mantém a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como uma das suas prioridades, apesar de um acordo entre partidos sobre a rotatividade do comando dessa comissão, estabelecido desde a gestão de Arthur Lira (PP-AL). O líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ), defende que a comissão seja novamente comandada pelo partido, alegando que têm "direito" ao cargo. Ele afirma que fará uma "briga" política para assegurar a CCJ, uma das mais influentes da Casa.
Após as escolhas iniciais do PL, o PT, com sua bancada de 80 deputados, terá a preferência para a escolha de comissões, antes que a vez do PL volte a ser chamada. Além da Comissão de Saúde e da CCJ, o PL está de olho em outras comissões-chave, como a de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) e a de Segurança Pública da Câmara. No Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também comandará a Comissão de Segurança Pública, após acordo com Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Casa.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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