Investigação aponta estrutura de espionagem ilegal para monitorar adversários do governo Bolsonaro e ligação com plano de golpe de Estado
A Polícia Federal ainda não decidiu se Jair Bolsonaro (PL) será indiciado na investigação sobre a chamada “Abin paralela”, estrutura clandestina de espionagem que teria sido utilizada para monitorar adversários do governo do ex-mandatário. A definição, segundo a coluna do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, deve ocorrer após o Carnaval, quando a cúpula da corporação avaliará os elementos reunidos no inquérito até o momento.
Ainda segundo a reportagem, um esboço preliminar do inquérito aponta para o indiciamento de Bolsonaro, de seu filho Carlos Bolsonaro e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O documento final da PF deverá ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) em março, com a expectativa de que a denúncia seja formalizada ainda no primeiro semestre de 2025.
Segundo a investigação, a estrutura de espionagem clandestina não apenas monitorava ilegalmente opositores, mas também atuava para consolidar um plano de golpe de Estado. A “Abin paralela” teria espionado 22 pessoas, incluindo políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas e servidores públicos. Entre os alvos do monitoramento ilegal, estavam oito parlamentares, cinco servidores, quatro ministros do STF, quatro jornalistas e um governador. O esquema funcionou principalmente em 2021 e se estendeu até 2022.
A PF também aponta que integrantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro abasteciam a “Abin paralela” com perfis falsos e disseminação de informações falsas contra desafetos do governo Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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