quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Para alcançar déficit zero, governo pode bloquear e contingenciar mais verbas do Orçamento em 2025

Medida sinalizaria ao mercado financeiro que o governo manterá sua austeridade fiscal e não permitirá novos gastos em 2025

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia adotar novas medidas a fim de cumprir a meta fiscal deste ano, com foco no bloqueio e contingenciamento de até R$ 35 bilhões do Orçamento da União, destaca o jornalista Valdo Cruz em sua coluna no G1. Sem a previsão de novas medidas fiscais, a única alternativa será o ajuste fiscal por meio da retenção de verbas, o que deve ocorrer, segundo analistas, em março. A decisão de adotar essa medida visa sinalizar ao mercado financeiro que o governo manterá sua postura de austeridade fiscal e não permitirá novos gastos em 2025.

De acordo com a equipe econômica, essa será a contribuição do governo para auxiliar o Banco Central no combate à inflação, que permanece pressionada neste início de ano. O Banco Central, por sua vez, já prevê que a meta de inflação não será cumprida até junho, com os índices ficando acima de 4,5% no primeiro semestre.

Nesta quarta-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para apresentar a agenda econômica do governo para este ano. Motta, que tem defendido a redução das despesas, afirmou que o Congresso já colaborou com a aprovação de medidas de aumento de receitas, mas agora espera ações focadas em cortes de gastos. Entre as propostas que deverão ser apresentadas por Haddad estão a reforma administrativa, a revisão da Previdência dos militares, além da limitação de supersalários.

Ainda conforme a reportagem, o ministro levará a agenda, composta por 25 itens, também ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na semana que vem. Alcolumbre já se comprometeu a priorizar as votações relacionadas à estabilidade fiscal e ao combate à inflação no Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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