terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Padilha promete continuar reconstrução pós-Bolsonaro à frente da Saúde

'Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa', disse o ministro, que também fez críticas ao 'projeto criminoso' do governo Jair Bolsonaro

O presidente Lula (à esq.) e o ministro Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prometeu nesta terça-feira (25) continuar a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), que sofreu desmonte no governo Jair Bolsonaro (PL), que, de acordo com o titular da pasta, “tinha o projeto criminoso de destruir a democracia e fabricar conflitos”.

“Fui convidado pelo presidente Lula para ser ministro da Saúde e aceitei com muita honra essa nova missão”, escreveu Padilha na rede social X. “Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde”.

Padilha também comentou sobre a gestão de Nísia Trindade no Ministério da Saúde. Ela deixará o cargo. “Tenho profunda admiração e carinho pela minha amiga Nísia Trindade, com quem tive a honra de trabalhar nesses dois anos. Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas”, continuou.

O ministro também agradeceu aos companheiros de trabalho na Secretaria de Relações Institucionais. “Sou grato ao presidente Lula por ter me confiado a missão de conduzir a SRI nesses dois anos. Tivemos de lidar com o desafio de implementar uma verdadeira reabilitação das relações institucionais no Estado brasileiro, após quatro anos de um governo que tinha o projeto criminoso de destruir a democracia e fabricar conflitos", continuou.

"Agradeço, também, as três entidades municipalistas, os fóruns e consórcios de governadores, os presidentes das casas legislativas durante este período Arthur Lira, Hugo Motta, Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, bem como aos três líderes do governo no Congresso, Jaques Wagner, Randolfe Rodrigues e José Guimarães, juntamente com todos os demais líderes partidários que integram o Congresso Nacional”.

Nascido em São Paulo (SP), em 14 de setembro de 1971, Alexandre Rocha Santos Padilha é médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp). Também atua como professor universitário.

Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, está licenciado do cargo para compor a equipe ministerial do presidente Lula. Também foi ministro nos governos Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente.Ainda assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016) na Prefeitura de São Paulo.

Pouco antes da formalização da troca no ministério, Nísia participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde anunciou uma vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. Já em clima de despedida, ela foi a primeira a falar, pediu que os secretários da pasta ficassem de pé para serem aplaudidos por seu trabalho e foi ovacionada por servidores presentes no evento.

Em nota divulgada na última sexta-feira (21), Nísia avaliou que a pasta, sob o comando de Lula, vem cumprindo com o compromisso de reestruturar o SUS e de cuidar da saúde da população “com resultados concretos”, citando feitos como 100% dos medicamentos do programa Farmácia Popular com gratuidade e o aumento da cobertura vacinal no país após mais de seis anos de quedas consecutivas.

Antes de assumir a Saúde, em janeiro de 2023, Nísia Trindade ocupava o posto de presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017 (com Abr).

Fonte: Brasil 247

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