Fenômenos climáticos influenciam temperaturas e precipitações; especialistas detalham áreas afetadas
O Brasil enfrenta sua terceira onda de calor neste verão, com temperaturas elevadas e clima seco em diversas regiões. No entanto, frentes frias começam a modificar esse cenário, trazendo chuvas e alívio térmico em algumas áreas. De acordo com informações do G1, uma frente fria estacionária está posicionada sobre o Oceano Atlântico, próxima ao litoral de Santa Catarina e Paraná, resultando em precipitações mais intensas nesses estados.
O meteorologista Bruno Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp), explica que essa frente fria contribui para a nebulosidade e chuvas na região, o que ameniza as temperaturas locais. Além disso, uma nova frente fria está prevista para se formar entre quinta-feira (20) e sexta-feira (21), influenciando o aumento das chuvas no sul e leste de São Paulo, com tendência de leve queda nas temperaturas.
Entretanto, outras áreas do país continuam sob a influência da onda de calor. O meteorologista Fábio Luengo, da Climatempo, destaca que nove estados e o Distrito Federal enfrentam altas temperaturas e baixa incidência de chuvas, condição que deve persistir até a próxima segunda-feira, 24 de fevereiro. Esse cenário é resultado de um bloqueio atmosférico que impede a chegada das frentes frias a essas regiões.
Paralelamente, regiões como Ceará, norte do Piauí, norte do Maranhão, norte do Pará e Amapá têm previsão de temporais devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um corredor de umidade próximo à linha do Equador que, durante o verão, se aproxima mais da América do Sul. Luengo resume o panorama climático atual: "Nos extremos norte e sul, há a presença de temporais. E mais para o centro do Brasil, o tempo permanece quente e com pouca chuva, por conta da onda de calor."
Em meio a esse contexto, cidades como Rio de Janeiro têm registrado temperaturas recordes. Conforme reportado pelo El País, a capital fluminense atingiu 44°C no bairro de Guaratiba, a maior marca em uma década. A sensação térmica, agravada pela alta umidade, chegou a oscilar entre 50°C e 70°C. A ausência de chuvas, incomum para o mês de fevereiro, contribui para a intensificação do calor na região.
As autoridades municipais do Rio de Janeiro emitiram alertas de nível 4 devido às altas temperaturas e estabeleceram mais de 50 pontos de descanso e hidratação em instalações públicas para auxiliar a população. Especialistas atribuem esse fenômeno tanto às mudanças climáticas globais quanto à formação de "ilhas de calor" urbanas, áreas densamente asfaltadas e com pouca vegetação, características comuns em grandes centros urbanos.
Diante desse cenário climático diversificado, é fundamental que a população se mantenha informada sobre as condições meteorológicas locais e adote medidas preventivas para enfrentar os efeitos das altas temperaturas e das chuvas intensas nas regiões afetadas.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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