quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Mulher que agrediu casal gay e atropelou homem em SP vira ré por golpe de R$ 200 mil em SC

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina, o golpe ocorreu em 2021

Jaqueline Santos Ludovico (Foto: Reprodução)

A Justiça de Santa Catarina tornou ré a empresária Jaqueline Santos Ludovico pelo crime de fraude eletrônica (estelionato), conforme apurado pelo G1. Ela é acusada de aplicar um golpe que causou um prejuízo de R$ 200.262,36 a uma empresa automotiva de Tubarão (SC). Paralelamente, Jaqueline responde na Justiça de São Paulo por crimes como injúria em razão da sexualidade, lesão corporal e ameaça, além de ter sido presa por atropelar um homem na capital paulista.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina, o golpe ocorreu em 2021. Jaqueline teria oferecido serviços de publicidade a uma funcionária da empresa vítima por meio de sua suposta companhia, a 'JSL Marketing e Assessoria'. O contrato foi fechado por R$ 339 mensais, mas, nos meses seguintes, nenhuma cobrança foi efetivada.

Posteriormente, um indivíduo que se passou por representante de um cartório de notas de São Paulo contatou a vítima, alegando que os valores contratados haviam sido protestados e deveriam ser pagos imediatamente para evitar "graves prejuízos" à empresa. Acreditando na fraude, a funcionária realizou uma série de transferências via Pix para a conta de Jaqueline:

    ☉ 4 de novembro de 2021: duas transferências totalizando R$ 11.491,20;
    ☉ 5 de novembro de 2021: duas transferências no valor de R$ 14.281,76;
    ☉ 9 de novembro de 2021: R$ 32.979,26;
    ☉ 11 de novembro de 2021: três Pix somando R$ 41.688,41;
    ☉ 18 de novembro de 2021: três transferências que totalizaram R$ 52.325,17;
    ☉ 24 de novembro de 2021: um último pagamento de R$ 47.496,56.

A pena para o crime de fraude eletrônica varia de quatro a oito anos de prisão, além de multa. A Justiça catarinense enviou uma carta à Justiça paulista para que Jaqueline seja citada e apresente sua defesa. Procurada pelo g1, sua defesa não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

◍ Agressão e homofobia em padaria de SP

Jaqueline Santos Ludovico também responde a um processo por agressão e injúria homofóbica contra um casal gay, ocorrida em fevereiro de 2024, em uma padaria no bairro Santa Cecília, região central de São Paulo.

O conflito teria começado por uma disputa de vaga no estacionamento do estabelecimento. Segundo testemunhas, o casal tentava estacionar quando Jaqueline se postou em frente ao carro, impedindo a passagem. A discussão teve início no estacionamento e evoluiu para agressões físicas dentro da padaria.

Testemunhas relataram que Jaqueline tentou jogar um cone em Rafael Gonzaga, uma das vítimas, e o perseguiu pelo estacionamento. Dentro do estabelecimento, ela insultou e agrediu Adrian Grasson, namorado de Rafael, causando ferimentos no rosto dele.

"Ela foi para cima do meu namorado quando viu que ele estava filmando. Entrei no meio, outros funcionários foram também para puxá-la. Nessa hora, ela cortou o nariz dele [namorado] e arranhou embaixo do olho", declarou Rafael Gonzaga.

◍ Atropelamento e prisão

Poucos meses depois, em junho de 2024, Jaqueline voltou a ser presa, desta vez por atropelar um homem na Zona Oeste de São Paulo. Câmeras de segurança flagraram o momento em que seu Honda HRV atingiu a vítima, que atravessava na faixa de pedestres e sinalizou para o veículo parar.

Após o atropelamento, Jaqueline fugiu do local. A polícia apurou que ela apresentava sinais de embriaguez. Momentos depois, retornou acompanhada da irmã e foi detida em flagrante. Ela passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva convertida em domiciliar, mas posteriormente conseguiu a revogação da medida por suposto excesso de prazo no processo.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

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