Operação EmendaFest aponta suposto pagamento de vantagens indevidas através de emendas parlamentares destinadas a hospital filantrópico no RS
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Uma série de mensagens trocadas no celular do lobista Cliver Fiegenbaum foi o ponto de partida para a investigação que apura o suposto desvio de emendas parlamentares destinadas a um hospital no Rio Grande do Sul. As conversas, que envolvem um assessor parlamentar e sugerem o pagamento de vantagens indevidas, foram reveladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e deram origem à operação da Polícia Federal (PF) EmendasFest deflagrada nesta quinta-feira (13). O deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), citado nas mensagens como responsável pelo repasse das verbas, não foi alvo de buscas e ainda não se manifestou sobre o caso, destaca o jornal O Globo.
De acordo com a PGR, as mensagens foram extraídas do celular de Fiegenbaum durante uma investigação anterior. Em um dos diálogos, o assessor parlamentar Lino Rogério, interlocutor do lobista, sugere o envio de emendas pelo deputado Afonso Motta em favor do Hospital Ana Nery, localizado no Rio Grande do Sul, em troca de vantagens financeiras. "A investigação teve início após a descoberta fortuita de conversas extraídas do celular do lobista Cliver Fiegenbaum, na qual um de seus interlocutores, o secretário parlamentar Lino Rogério, sugere o envio de emendas, pelo Deputado Federal Afonso Antunes da Motta, em favor daquela unidade hospitalar, mediante o pagamento de vantagem indevida", afirmou a PGR em trecho do parecer que embasou a decisão judicial.
A Procuradoria também destacou que "pesquisas em fontes abertas comprovaram o endereçamento das emendas ao Hospital Ana Nery". Além disso, foram coletados indícios de que a unidade de saúde realizou pagamentos a uma empresa ligada a Fiegenbaum, supostamente como contrapartida pela captação de recursos via emendas parlamentares.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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