Pastor-empresário diz que anistia aos golpistas do 8/1 e não o impeachment de Lula deve ser a pauta das manifestações bolsonaristas marcadas para março
Responsável por organizar algumas das manifestações pró-Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos, o pastor-empresário Silas Malafaia deu um "pito" nos aliados do ex-mandatário que defendem que os atos da extrema direita marcados para o dia 16 de março incluam o "impeachment" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as pautas das manifestações. Malafaia defendeu a postura de Bolsonaro, que anunciou que participará da manifestação no Rio de Janeiro para defender o projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, e não para pedir o impeachment do presidente Lula.
"O que o sistema quer é isso, derrubar Lula e colocar Alckmin (vice-presidente Geraldo Alckmin). Essa conversa fiada de que o impeachment de Dilma ajudou Bolsonaro é para quem não conhece a história. O povo deu uma resposta, não foi para o impeachment de Dilma que ajudou Bolsonaro, foi para o desgoverno e a corrupção, tá certo? Foram 14 anos de governo do PT. Quem está falando isso ou desconhece a história ou quer se aproveitar de momento político. Acho que nós temos que ter uma visão lá na frente", disse Malafaia à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.
"Não tem que dar prêmio para Alckmin substituir Lula. Eles (bolsonaristas que defendem o impeachment) só veem o momento e são pautados pela opinião de redes sociais", completou. A crítica de Malafaia é direcionada especialmente ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem utilizado as redes sociais para defender o impeachment de Lula como a principal pauta dos atos marcados para 16 de março em São Paulo.
Malafaia criticou a postura do parlamentar, afirmando que ele estaria desmoralizando Bolsonaro. "O que fizeram na campanha de prefeito, estão fazendo de novo: desmoralizando Bolsonaro. Não é a mim, não. Desmoralizam Bolsonaro. E depois vêm com 'aí que eu morro, que dou minha vida, que o que ele quer, eu faço'. Isso é conversa de hipócrita, de soberbo e vaidoso. Não têm a dignidade de ligar para o cara e dizer: 'Presidente, é isso mesmo? Vamos, vamos marchar nisso? Então, OK.'", disse.
Bolsonaro, por sua vez, afirmou que sua principal pauta para o ato no Rio de Janeiro será o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, e não o impeachment de Lula. "A previsão, não é certeza porque preciso acertar com mais gente… eu gostaria de ir ao Rio de Janeiro, no dia 16. E a pauta lá seria a anistia e as questões nacionais", disse o ex-mandatário.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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