“Em vez de ficar feliz, o mercado disse ‘isso é muito ruim, vai dar inflação’”, criticou o presidente
Lula - 27.02.2025 - Cerimônia de lançamento do edital de concessão do Túnel Submerso Santos-Guarujá - Parque Valongo, Armazém 4, Santos (SP) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta quinta-feira (27), o pessimismo do mercado financeiro em relação à economia brasileira. Segundo Lula, o país vai surpreender as expectativas novamente e atingir um crescimento econômico superior a 2,5% em 2025, além de controlar a inflação e baratear o preço dos alimentos.
“Estão dizendo que vai haver uma recessão, que o Brasil vai crescer no máximo 2,5%. Eu estou apostando, podem ter certeza que o Brasil vai crescer um pouco mais. A única coisa que a gente não quer que cresça é o preço do ovo, da carne, da batata, da laranja, do óleo de soja. Esse a gente não quer que cresça”, criticou.
Na sequência, Lula falou sobre a reação do mercado aos recortes atingidos na geração de emprego, e classificou como “absurda” a afirmação de que a criação de vagas no mercado de trabalho vai aumentar a inflação. “Ontem eu vi uma matéria absurda. Vi uma matéria,Tarcísio, que me deixou boquiaberto. O mercado pensava que o emprego ia ser mais ou menos de 40 mil no mês de janeiro. Aí o Caged publicou 130 mil empregos. Em vez do cara ficar feliz porque [o Brasil] está criando emprego, o mercado disse ‘isso é muito ruim, vai dar inflação’. Ora, meu Deus do céu, como é possível alguém achar ruim que o país está crescendo o emprego? Só se o cara nunca precisou de emprego ou nunca ficou desempregado. Todo mundo deveria ficar feliz”, afirmou.
Por fim, o presidente disse que a geração de empregos gera oportunidades para a população pobre. “Quando tem muita oferta de emprego e menos gente para trabalhar, qual é o resultado natural? Tem mais oferta que demanda. O que vai acontecer? Vai melhorar o salário, as pessoas vão ganhar um pouco mais. É este país que nós queremos construir. Não queremos construir um país eternamente de pobres. O Bolsa Família não é um programa para viver a vida inteira. O que queremos é que a pessoa receba o Bolsa Família até arrumar um emprego. Quando arrumar um emprego ele sai. Essa é a lógica. A gente não quer que as pessoas sejam a vida inteira pobres. A gente quer que as pessoas sejam de classe média. Todo mundo tem que ganhar bem, comer bem, vestir bem, ir ao cinema, teatro. E é possível”, concluiu.
Fonte: Brasil 247
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