quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Julgamento de Guaranho continua e réu deve ser interrogado nesta quarta-feira

A expectativa é que o tribunal do júri se estenda até quinta-feira (13) de manhã

   Guaranho e Marcelo Arruda (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O júri popular do bolsonarista Jorge Guaranho, ex-policial penal réu por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, continua nesta quarta-feira (12) e deve se estender até a manhã de quinta-feira (13).

Arruda foi morto a tiros em 2022, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O autor do crime invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Na época do assassinato, ocorrido em um contexto de forte polarização eleitoral no Brasil, o caso reacendeu debates sobre o aumento da violência política no país.

Nesta fase do julgamento, serão ouvidas mais quatro testemunhas antes do interrogatório do réu, que deve falar apenas para a defesa e responder às perguntas dos jurados, sem intervenção da acusação.

Após os debates, o júri popular seguirá para a fase de quesitação, quando os jurados decidirão pela condenação ou absolvição de Guaranho.

O julgamento ocorre no Tribunal do Júri de Curitiba, após a defesa conseguir o desaforamento do caso, alegando risco de parcialidade dos jurados caso o julgamento fosse realizado em Foz do Iguaçu.

De acordo com o advogado Ezo Quaresma, que representa Guaranho, será apresentada a tese de legítima defesa, alegando que as imagens gravadas do crime são parciais. “Mostraram o que queriam mostrar, levaram a questão para o lado da política”, afirmou em entrevista ao repórter Marcelo Auler, do Brasil247, que acompanha o julgamento em Curitiba. O advogado também defendeu que o réu apenas atirou “em quem tinha uma arma de fogo apontada para ele”.

As promotoras Ticiane Pereira e Roberta Massa, no entanto, contestam essa versão e ressaltam a análise da perícia criminal apresentada no julgamento. “Todas as provas desarmam a tese de legítima defesa”, declararam ao Brasil247.

“Marcelo não sacou a arma para atacar, mas para se defender e, também, na posição de policial, para neutralizar aquela pessoa completamente desconhecida que estava armada naquele ambiente. Essas são palavras da própria perita: Guaranho era a ameaça”, afirmam.

Fonte: Brasil 247

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