segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Javier Milei enfrenta denúncia penal por promoção de criptomoeda

Milei teria promovido a criptomoeda $LIBRA em suas redes sociais, o que levou milhares de investidores a aplicarem recursos no ativo digital

      Javier Milei (Foto: Reuters/Denis Balibouse)

O presidente da Argentina, Javier Milei, está sendo alvo de uma denúncia penal por suposta participação em uma "associação ilícita" que teria cometido uma "megaestafa" envolvendo a criptomoeda $LIBRA. A denúncia foi apresentada por um grupo de dirigentes políticos, incluindo Jonatan Baldiviezo, advogado do Observatório do Direito à Cidade, e Claudio Lozano, economista e líder do partido Unidade Popular. As informações são do portal C5N.

De acordo com os denunciantes, Milei teria promovido a criptomoeda $LIBRA em suas redes sociais, o que levou milhares de investidores a aplicarem recursos no ativo digital. Posteriormente, a moeda sofreu uma desvalorização abrupta, resultando em perdas superiores a US$ 4 bilhões e afetando mais de 40 mil pessoas. O esquema é descrito como um "rug pull", onde os desenvolvedores de um projeto atraem investidores para inflacionar o valor do ativo e, em seguida, retiram os fundos, deixando os investidores com prejuízos significativos.

A denúncia solicita que as autoridades judiciais adotem medidas cautelares, como o bloqueio de contas bancárias e carteiras virtuais dos envolvidos, além da preservação de provas relacionadas às transações com a criptomoeda $LIBRA. Os denunciantes também pedem o cumprimento da Lei de Ética Pública, argumentando que o presidente utilizou sua posição para promover um ativo financeiro de maneira imprópria.

Em resposta às acusações, o gabinete do presidente negou qualquer envolvimento direto de Milei no desenvolvimento da criptomoeda e afirmou que a publicação nas redes sociais foi removida para evitar especulações. No entanto, a oposição política já anunciou a intenção de iniciar um processo de impeachment contra o presidente, acusando-o de fraude e de utilizar sua posição para influenciar o mercado financeiro em benefício próprio.

A Câmara Federal argentina está programada para definir qual tribunal será responsável por conduzir o caso. Enquanto isso, o escândalo continua a repercutir no cenário político e econômico do país, levantando debates sobre a regulamentação de ativos digitais e a responsabilidade de figuras públicas na promoção de investimentos financeiros.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal C5N

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