"Politizar o combate à corrupção não é um caminho saudável”, afirmou Vinicius Marques de Carvalho
O ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, afirmou que um dos desafios de sua gestão é garantir a máxima transparência nos dados públicos, ao mesmo tempo em que não expõe a intimidade das autoridades.
Em entrevista à Veja, divulgada na sexta-feira (7), Carvalho contou que, ao ser convidado para o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que ele atuasse para evitar que o governo “tivesse de conviver com escândalos de corrupção”.
“Desde o começo do governo enfrentamos o desafio de rever a Lei de Acesso à Informação (LAI) e os sigilos indevidos colocados pelo governo de Jair Bolsonaro. Essa agenda se mostrou decisiva. Por causa dela, descobrimos a fraude na carteira de vacinação do ex-presidente, que levou à prisão do (ex-ajudante de ordens) Mauro Cid. Depois, a Polícia Federal aprofundou as investigações e chegamos ao detalhamento da tentativa de golpe de Estado”, afirmou.
Sobre as críticas à CGU por manter sigilo em determinados dados do governo federal, Carvalho defendeu a atuação do órgão e reforçou que os casos de restrição ao acesso à informação são exceções, não a regra.
”É importante dizer que este governo restabeleceu que a transparência é a regra e o sigilo é exceção. Existem previsões legais de situações de sigilo e de restrição de acesso à informação. O que acontecia no governo Bolsonaro era uma deturpação dos sigilos impostos pela lei”, enfatizou. “Desdobramentos políticos no sentido de atingir pessoas que tenham ou não mandato são uma consequência do trabalho técnico. Politizar o combate à corrupção não é um caminho saudável”.
Fonte: Brasil 247 com informações da Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário