A avaliação do governo brasileiro é de que uma resposta precisa ser dada aos americanos caso a elevação das tarifas seja confirmada
Presidente dos EUA, Donald Trump - 30/01/2025 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve taxar empresas de tecnologia caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficialize a elevação de até 25% nas tarifas sobre o aço e o alumínio de todos os países. O Brasil seria um dos países mais afetados pela medida de Trump, já que é o segundo maior exportador de aço para os EUA. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
No governo brasileiro, a concretização do anúncio do governo americano é tratada com cautela, já que a avaliação é de que é melhor não abrir uma guerra comercial. No entanto, seria impossível fingir que nada está acontecendo, e uma resposta deve ser dada. Nesse sentido, autoridades do governo Lula avaliam que a taxação de big techs é uma das melhores alternativas.
Isso porque essa medida não seria algo improvisado, e já vem sendo discutida na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e por países como o Canadá, que já avançam na implementação. No Brasil, essa possibilidade já é discutida há meses e poderia ser implementada de forma imediata caso Trump acelere a sua guerra comercial.
Além disso, a taxação das big techs não prejudicaria os setores industriais brasileiros, uma vez que não se trata de taxar produtos importados dos EUA, medida tornaria os produtos mais caros e geraria um aumento na inflação. Inclusive, a taxação das empresas de tecnologia teria o apoio de gigantes da indústria e do varejo.
Entre as big techs que podem ser taxadas estão Amazon, Facebook, Instagram, Google e Spotify. O serviço de streaming de música, podcasts e vídeos, por exemplo, oferece serviços e tem diversos assinantes sem pagar impostos no Brasil.
O modelo adotado no Canadá adotou imposto sobre serviços digitais com alíquota de 3% sobre a receita obtida com serviços digitais que dependem de contribuições de engajamento, dados e conteúdo de usuários canadenses, além de vendas ou licenciamento de dados de usuários do país.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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