Presidente do PT comentou as representações do partido contra Eduardo Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República e no Conselho de Ética da Câmara
Gleisi Hoffmann e Eduardo Bolsonaro (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | PAOLA DE ORTE/AGÊNCIA BRASIL)
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), repercutiu, em suas redes sociais, as representações protocoladas pelo PT contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Em um tweet publicado nesta quinta-feira (27), Gleisi afirmou que o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está "atuando descaradamente contra a soberania nacional" e usando dinheiro público para tentar intimidar e cercear processos judiciais contra "golpistas".
"Hoje protocolamos representações do PT no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e da bancada do partido na PGR para que sejam apurados os crimes de lesa-pátria de Eduardo Bolsonaro. O filho do inelegível está atuando descaradamente contra a soberania nacional, na tentativa de intimidar e cercear os processos judiciais contra os golpistas", escreveu Gleisi.
A deputada também criticou as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele tem se reunido com parlamentares republicanos e figuras da extrema direita para articular retaliações contra o Brasil e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. "Além de atacar o ministro Alexandre Moraes, ele chegou a pedir que os EUA apliquem sanções econômicas e diplomáticas contra o Brasil. Até o desespero exige limites, mas essa turma não sabe o que é democracia e também ignora o que é soberania", acrescentou.
Gleisi ainda destacou que as ações de Eduardo Bolsonaro são "vergonhosas" e ilegais, especialmente por serem financiadas com dinheiro público. "É simplesmente vergonhoso o que estão fazendo contra o Brasil e as instituições, de forma ilegal e usando dinheiro público. Paguem aqui por seus crimes, sem apelar para interferências indevidas e sem anistia", afirmou.
A deputada encerrou o tweet citando uma fala recente do ministro Alexandre de Moraes, que durante sessão do STF nesta quinta-feira, reafirmou a soberania do Brasil e lembrou que o país deixou de ser colônia em 1822. "Como lembrou o ministro Alexandre Moraes, o Brasil deixou de ser colônia desde 1822", concluiu Gleisi.
Ofensiva contra a soberania brasileira - As representações protocoladas pelo PT acusam Eduardo Bolsonaro de conspirar nos Estados Unidos contra a soberania brasileira, intimidar autoridades e tentar interferir em processos judiciais, além de atentar contra a democracia e o STF. Entre as ações mencionadas está a aprovação de um projeto de lei na Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA, batizado de "No Censors on our Shores Act", que visa impedir a entrada de autoridades estrangeiras, como o ministro Alexandre de Moraes, no território americano.
O projeto de lei, que já foi aprovado em comissão, é visto como uma retaliação direta às decisões do STF, que multou plataformas digitais por descumprirem ordens de bloqueio de perfis em redes sociais. O governo dos EUA, por meio do Departamento de Estado, classificou essas decisões como "censura", gerando uma resposta firme do Itamaraty, que reafirmou a soberania brasileira e a independência do Poder Judiciário.
Moraes defende a soberania do Brasil - Em sua fala durante a sessão plenária do STF nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes reforçou o compromisso do Judiciário com a defesa da Constituição e da soberania nacional. "Reafirmo nosso juramento integral de defesa da Constituição brasileira e pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras, pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma República independente e cada vez melhor", disse Moraes.
Fonte: Brasil 247
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