Os parlamentares fizeram críticas ao Conselho Federal de Medicina (CFM)
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o seu colega na Câmara dos Deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciaram nesta quinta-feira (20) ataques verbais contra Nísia Trindade. No contexto atual, existem especulações de que a ministra da Saúde vai deixar a pasta, em consequência de uma possível reforma ministerial.
Segundo Gleisi, “três membros do Conselho Federal de Medicina divulgaram nas redes ataques baixos e mentirosos à ministra @nisia_trindade e ao Ministério da Saúde”.
“Onde estavam esses covardes quando Jair Bolsonaro desmontava o SUS e levou à morte centenas de milhares de vítimas da pandemia. Estariam receitando cloroquina contra a Covid? Fazendo campanha contra a vacina? Apoiando o general Pazuello? Conselheiros como estes, que colocam sua ideologia de extrema-direita acima da saúde, são uma vergonha para os profissionais da medicina que trabalham duro pela população”.
O deputado federal Lindbergh Farias também se pronunciou. “Quero aqui me solidarizar com a Ministra @nisia_trindade que vem sofrendo ataques sórdidos e vis de conselheiros do Conselho Federal de Medicina (CFM)”, escreveu o parlamentar na rede social X.
“Essa turma devia se envergonhar por fazer críticas infundadas contra uma mulher competente, honrada e que faz um trabalho primoroso à frente da Saúde brasileira. Quem bateu palmas para a gestão negacionista, antivacina e genocida de Bolsonaro na Saúde durante a pandemia não tem moral para falar da gestão da ministra Nísia. Tomem vergonha!”.
O CFM é presidido por José Hiran da Silva Gallo, de perfil conservador. Em junho de 2024, ele foi ao Senado, em Brasília (DF), onde chegou a defender o chamado PL do Estupro, que pune pessoas que tenham realizado aborto com pena de prisão Ele participou de uma sessão do Senado liderada pelo bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) sobre o aborto legal no Brasil.
Também no mês de junho, Gallo afirmou que a “autonomia da mulher” deve ser limitada quando se fala em aborto legal após a 22ª semana. “A autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós, de proteger a vida de qualquer um, mesmo ser humano formado por 22 semanas”, disse.
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Nísia Trindade. Foto: Reprodução (YT)
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Fonte: Brasil 247
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