Como contrapartida, o governo pediu que o agronegócio apresentasse medidas concretas para auxiliar na contenção da inflação dos alimentos básicos
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, assegurou na última quinta-feira (27) a exportadores, empresários e entidades do agronegócio que o governo não implementará medidas de controle sobre as exportações. Durante reuniões com representantes dos setores de açúcar e etanol, biodiesel e carnes, Fávaro garantiu que "isso não vai ocorrer". O encontro, que se estendeu até as 22h30, ocorreu em meio a preocupações do setor produtivo com a possibilidade de aplicação de cotas e taxacões sobre as exportações, uma ideia que ganhou força nos bastidores do Palácio do Planalto.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, interlocutores presentes nas reuniões ressaltaram que Fávaro reiterou sua oposição a qualquer forma de restrição comercial e propôs ao setor um alinhamento para buscar soluções viáveis que possam contribuir para a redução dos preços dos alimentos sem interferência nas exportações. Como contrapartida, o governo pediu que o agronegócio apresentasse medidas concretas para auxiliar na contenção da inflação dos alimentos básicos.
O encontro também contou com a presença de outros membros do governo, como o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; o secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto; o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello; e o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.
Apesar da afirmação do ministro, a discussão sobre o controle das exportações segue no radar de uma ala do governo, que defende medidas heterodoxas para tentar reduzir o preço dos alimentos. A proposta, no entanto, é rejeitada pela equipe econômica, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pelo próprio Ministério da Agricultura, que classificam a ideia de "comércio administrado" como "descabida".
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário