O ex-presidente Jair Bolsonaro participou de um almoço com senadores aliados nesta terça (18) e a ausência de um ex-ministro gerou incômodo. O evento foi usado por ele para discutir os projetos de anistia aos golpistas condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 e o texto que reduz o tempo de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa.
Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, Bolsonaro demonstrou incômodo com a ausência do senador Marcos Pontes (PL-SP), o astronauta. Ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo passado, ele brigou com o ex-presidente publicamente por conta das eleições para a presidência do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
Os dois se afastaram após Pontes lançar sua candidatura à Presidência do Senado após o PL fechar apoio a Davi Alcolumbre (União-AP). Bolsonaro reclamou da decisão do parlamentar, chamou sua atitude de “lamentável” e cobrar “disciplina”.
“Eu elegi você em São Paulo. Deixei de lado lá, entre eles, o meu amigo Marco Feliciano, com uma dor no coração enorme. Mas deixei de lado o Marco Feliciano para te apoiar. Esse é o pagamento?”, afirmou o ex-presidente.
Em resposta, o senador fez um post no X (ex-Twitter) reclamando da “arrogância” de Bolsonaro. Sem citar o ex-presidente, ele criticou pessoas que “desprezam opiniões e ignoram sentimentos”.
Na época em que a candidatura foi anunciada, tanto Bolsonaro quanto Valdemar Costa Neto, presidente do PL, tentaram demover o senador da ideia, mas não tiveram sucesso. Pontes acabou com apenas quatro votos e Alcolumbre, o atual presidente da Casa Legislativa, teve 73.
Outros senadores que também são ex-ministros de Bolsonaro participaram do almoço desta terça, como Damares Alves (Republicanos-DF), Sergio Moro (União-PR) e Rogério Marinho (PL-RN).
Em conversa com jornalistas após o encontro, Bolsonaro sugeriu que é o favorito para as eleições de 2026, disse que já tem apoio suficiente para aprovar o projeto de anistia aos golpistas e atacou o presidente Lula. “Está derretendo, é um incompetente”, afirmou.
Fonte: DCM
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