quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Estado não admite que alguém seja agredido ou assassinado por divergências ideológicas, diz advogado após condenação de Guaranho

O bolsonarista foi condenado nesta quinta-feira a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de tesoureiro do PT

Bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho, que matou Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (Foto: Reprodução)

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

Após a sentença, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado, Daniel Godoy, advogado assistente de acusação da família da vítima, enfatizou a importância da decisão não apenas para punir o acusado, mas também para reafirmar os princípios democráticos do país.

“A decisão, além de punir o acusado por um crime tão grave, reafirma o Estado Democrático de Direito, um Estado que não admite que alguém seja agredido ou assassinado por divergências ideológicas, sejam elas quais forem”, disse Godoy. “Quem comete um crime por ser intolerante vai pagar, e vai pagar caro.”

Arruda foi morto a tiros em 2022, durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos. O bolsonarista Guaranho invadiu a festa temática, que fazia uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Na época do assassinato, ocorrido em um contexto de forte polarização eleitoral no Brasil, o caso reacendeu debates sobre o aumento da violência política no país.

Fonte: Brasil 247

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