O ministro afirmou que a presença de Lula e Tarcísio no evento faz parte da normalidade da democracia
Em um evento com a presença do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), condenou, nesta quinta-feira (27), a tentativa de golpe de Estado bolsonarista no Brasil em 2022. Na cerimônia de lançamento do edital para construção do túnel Santos-Guarujá, em São Paulo, Costa destacou o processo de reconstrução da democracia brasileira.
“Nós às vezes só valorizamos as coisas quando perdemos. Aí a gente começa a dar valor àquilo que a gente tinha. E com todo esse processo que estamos acompanhado, de tentativa de aniquilar, de encerrar a democracia no Brasil, com a tentativa de golpe, a gente se lembra de quando a democracia foi interrompida no nosso país. Aí damos valor à democracia”, disse o ministro.
Costa fez uma comparação do governo Lula (PT) com o governo Jair Bolsonaro (PL), e disse que nunca foi convidado pelo ex-presidente para eventos por conta de divergências políticas, ao contrário do tratamento dado a Tarcísio no governo atual.. “Em dezembro de 2022, eu estava como governador da Bahia. Governei oito anos. Exceto no primeiro ano, em que ainda era [o governo] Dilma [Rousseff], eu não tive oportunidade de ser convidado para sentar ao lado do presidente e assinar qualquer contrato, de dar ordem de serviço a qualquer obra”, lamentou.
Segundo o ministro, a união entre Lula e Tarcísio no evento não deveria gerar repercussão, já que faz parte da democracia. “Li hoje pela manhã na imprensa: o presidente Lula e o governador Tarcísio estarão ocupando o mesmo espaço, o mesmo palco de anúncio de obras. Isso não era para ter destaque na imprensa. Isso deveria ser uma coisa corriqueira da democracia, de um país que pensa nas pessoas. Mas por que isso passou a ser nota de capa de jornal, de capa de site? Porque durante sete anos não houve esse tipo de evento”, afirmou.
Rui Costa concluiu destacando o papel do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)para o desenvolvimento do país.”Hoje, presidente, como seu ministro da Casa Civil, tenho orgulho de dizer que assim que assumiu o senhor nos chamou e disse ‘vamos montar um plano de desenvolvimento para o país, um plano de obras de infraestrutura de longo prazo, um plano para construir hospitais e escolas’, que é o PAC. E o presidente disse: ‘vamos construir dialogando com os 27 governadores do Brasil, independente da filiação partidária de cada governador; vamos dialogar com os mais de 5 mil prefeitos’. E assim fizemos. Por isso, presidente, o BNDES já assinou, em apenas dois anos do seu governo, com o estado de São Paulo R$ 13,7 bilhões para firmar parcerias e obras que estão no PAC”, completou.
Após o discurso do ministro, a plateia reagiu com o coro “sem anistia”, pedindo a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe. Após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os envolvidos na trama, Tarcísio, presente no evento desta quinta, saiu em defesa de Jair Bolsonaro, afirmando que ele sempre compactuou com a democracia.
Fonte: Brasil 247
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